Será o ultracapacitador solução para elétricos?

12/05/2018

Uma empresa gaulesa afirma que esta solução pode reduzir o peso destes automóveis, o que teria impacto na autonomia. A ideia do ultracapacitador tem por base uma tecnologia que a Lamborghini também já demonstrou num protótipo.

A nanotecnologia tem vindo a ganhar preponderância em diversas áreas, e agora no mundo automóvel pode ser a solução de futuro para os veículos elétricos. Mas para isso é preciso que venha a ser aceite o conceito agora revelado pela Nawa Tecnhology, que passa pela introdução do ultracapacitador criado com nanotecnologia e materiais como o grafeno e carbono. O recurso a esta tecnologia já foi antevisto por um concept criado em 2017 pela Lamborghini e o MIT, o Terzo Millenio que tinha uma estrutura capaz de armazenar e transportar energia.

Segundo o Diretor-Executivo da Nawa Tecnhologies, Ulrik Grape, a vantagem deste ultracapacitador “é a velocidade de carga e descarga. A nossa bateria de carbono pode receber a energia da travagem regenerativa e enviá-la para o motor muito rapidamente”. Como um dos handicaps destes componentes é a baixa capacidade de armazenamento, a ideia passa por combinar o ultracapacitador com uma bateria de iões de lítio. Embora não seja explicado claramente, tudo indica que ele ficaria responsável pela passagem direta da energia da travagem para o motor, reduzindo os ciclos de carga e descarga da bateria de iões de lítio e prolongando a sua longevidade. Além disso, ao cumprir estas tarefas, o ultracapacitador pode reduzir o tamanho dos packs de bateria, ajudando a reduzir o peso da viatura.

Foi já efetuada uma simulação com um Fórmula E modificado, que, segundo a Nawa Technologies, tem a mesma performance e autonomia mas um peso inferior em 30% que a arquitetura atual. A empresa gaulesa afirma que alcançou uma densidade energética superior aos rivais em 30%, graças à combinação de um eletrólito com o revestimento microscópico dos milhares de milhões de nanotubos dentro do pack. Agora continua a fase de desenvolvimento e a preparação para a produção, pois a empresa pretende ter o seu ultracapacitador pronto para a indústria automóvel europeia já em 2022.

Fonte: Autocar e InsideEVS