Volkswagen a caminho de “resultados excecionais” em 2017

28/12/2017

O responsável máximo pelo consórcio germânico revela que as contas finais deste ano devem ser bastante positivas para a marca, fruto da combinação entre o aumento das vendas e a redução dos custos.

Ganhar mais e gastar menos. Esta é a fórmula vencedora do Grupo Volkswagen para 2017, de acordo com as informações relevadas em entrevista ao Welt am Sonntag pelo CEO da empresa, Matthias Mueller. “Estou certo de que [2017] irá ser um ano excecional em termos operacionais”, indicou o diretor executivo, dando pistas sobre o que se poderá esperar a 13 de março de 2018, quando forem revelados os resultados finais do atual exercício. Algo que já era de esperar tendo em conta as declarações do Diretor Executivo durante o último mês, quando revelou que provavelmente o recorde de vendas de 2016 (que permitiu alcançar o primeiro lugar mundial entre os fabricantes automóveis) irá ser superado. A isto junta-se o corte de custos no fabrico de ligeiros de passageiros, a principal área de negócio do Grupo Volkswagen, e que já tinha dado origem, em 2016, a uma revisão em alta dos objetivos de lucros a médio-prazo.

Estas informações indicam também que os prejuízos na imagem da Volkswagen, em sequência do Dieselgate, parecem já ultrapassados, com o crescimento das vendas a indicar que a confiança dos clientes foi aparentemente restaurada. Uma situação que, ainda assim, teve forte impacto nas contas do grupo alemão, obrigado a gastar 25 mil milhões de euros com esta situação. Mas além disso, também teve um forte impacto na filosofia da marca, que anunciou uma forte ofensiva no campo da mobilidade elétrica. Uma área à qual devem ser alocados fortes investimentos nos próximos tempos, já que Matthias Mueller também reconheceu que as novas regras estabelecidas no continente europeu para 2025 e 2030 vão ser “um verdadeiro sofrimento”. Nesta entrevista o responsável máximo do Grupo Volkswagen aproveitou ainda para criticar a instabilidade política na Alemanha, referindo que está a demorar demasiado tempo para Angela Merkel conseguir formar governo.