Trata-se de um incremento razoável, embora não revolucionário face ao Zoe Z.E. 40, que conta com um pack de 44,1 kWh, sendo 41 kWh realmente utilizáveis.
Assim equipado, o Zoe terá, segundo a Renault, uma autonomia em WLTP de 390 quilómetros, mais 20% do que o modelo atual.
Dois motores diferentes
Esta geração do Zoe, disponível a partir do final deste ano, oferece duas motorizações distintas. O R110 terá o motor de 80 kW (100 cv) já utilizado, enquanto o R135 terá um motor de 100 kW (135 cv). Este último terá um binário aumentado para 245 Nm e apresentará acelerações e recuperações substancialmente mais rápidas. Teremos que esperar para ver quais as diferenças reais na autonomia entre as duas versões.
Outra boa notícia é a possibilidade de carregamento rápido em DC até 50 kW. Também aqui, um número pouco revolucionário, mas que acrescenta maior versatilidade ao Zoe. É, todavia, um dos pontos em que poderá perder para modelos que surgirão mais ou menos ao mesmo tempo, como as ofertas da PSA, que anunciaram velocidades de carregamento de até 100 kW.
Note-se que o ZOE já oferecia boas condições de carregamento em AC, bem como também através de uma wallbox doméstica.Interior renovado e mais bem equipado
Aproveitando as alterações feitas à componente técnica, o Zoe recebeu também um apuro estético ligeiro no exterior, com melhorias mais substanciais no habitáculo. Aqui destaca-se o novo tablier e painel de instrumentos, com particular foco no novo ecrã de 10 polegadas. pela primeira vez no segmento, este dispositivo está disponível logo nas versões de entrada.
O travão de estacionamento automático, o novo comando de transmissão e o modo B, para reduzir a utilização do pedal do travão são algumas das novidades.
No centro, o novo ecrã tátil com 9,3 polegadas, está dotado do sistema Easy Link da Renault. Ali existem ferramentas de navegação da TomTom, com informação em direto sobre o trânsito, sistema Google para procurar moradas, bem como o rádio digital. Graças ao Apple CarPlay e Android Auto, os passageiros também podem partilhar conteúdos e aplicações utilizando este dispositivo.
Graças ao sistema Renault Easy Connect, o condutor tem acesso a diversos serviços pensados para tornar a sua vida mais fácil. Pode averiguar a disponibilidade nos postos de carregamento em direto. A aplicação My Renault também ajuda a preparar viagens e agendar pausas para carregamento. Também permite a programação remota para otimizar os carregamentos em casa, tendo mesmo em conta a alteração de tarifas consoante a hora do dia.
O que pensa o Watts On
A Renault apostou numa evolução segura daquele que já é um produto com presença consolidada no mercado. A carroçaria do Zoe, em termos de espaço e modernidade já começa a acusar um pouco a idade, mas não há dúvida de que as alterações no interior resultaram bastante bem.
As duas versões diferentes, com desempenhos igualmente distintos, vão permitir provavelmente criar uma gama Zoe, com um modelo de entrada que, estimamos, tenha um valor de partida a rondar os € 30.000, enquanto o R135, a versão topo de gama, com um posicionamento diferente, e um preço que estimamos superior em cerca de 15%.
Isto, para a modalidade de aquisição das baterias. Tudo parece indicar que a Renault vai manter também a controversa opção de aluguer de baterias.
Nas próximas semanas já deveremos ter mais informações sobre os preços.
O Zoe Z.E. 50 (R110) está aqui e o Zoe Z.E. 50 (R135), aqui.
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