Esta situação motiva críticas da UVE, destacando que “a Mobilidade Elétrica não pode ser exclusiva daqueles que têm onde carregar fora da rede pública”. A associação reforça que “a aceleração da transição energética ao nível da mobilidade tem de ser acessível a todos”.
É certo que os CEME (Comercializadores de Energia para a Mobilidade Elétrica) e os OPC (Operadores de Pontos de Carregamento) “refletem um somatório de custos de muitas entidades e serviços, mas é urgente encontrar soluções para a escalada de preços que vimos acontecer em 2024, com os novos postos de carregamento a entrarem em operação com tarifas sucessivamente mais caras”. Para demonstrar esta situação, a UVE construiu o seguinte gráfico:
A UVE refere que, em 2024, assistimos a um aumento de 5% em média, nos custos de carregamento na rede pública, com os novos postos que entraram em funcionamento em dezembro de 2024 a apresentarem valores, em média, 28% superiores aos existentes em janeiro de 2024.
Na sua análise ao estado em que se encontra a mobilidade elétrica em Portugal, a UVE critica ainda a Mobi.e, que desempenha o papel de entidade gestora para a mobilidade elétrica entre nós, em virtude da “complexidade tarifária”. Referem os utilizadores de veículos elétricos que “aqui entramos totalmente naquilo que são as políticas comerciais dos CEME e OPC, e nas soluções disponibilizadas pela EGME”. Entende a UVE que “já houve tempo suficiente para o desenvolvimento de melhores experiências de utilização para os seus clientes”, para evitar que os proprietários dos automóveis tenham de andar de calculadora na mão para saber os custos dos seus carregamentos.