De acordo com os dados existentes, as primeiras cidades a serem servidas por estas e-Scooters autónomas localizam-se na América do Norte e Europa.
A primeira frota de S-200 será distribuída ao estilo de um “piloto” em Boise, Idaho, nesta primavera. A cidade receberá até 300 e-scooters S-200.
Ainda não é, contudo, conhecida a lista das restantes metrópoles a receberem estes veículos.
A Spin afirma apenas que irá explorar oportunidades para levar, ao longo de 2022, a S-200 a mais cidades da América do Norte e da Europa que estejam interessadas em operações por controle remoto e num modelo de e-scooter mais robusto.
O serviço funciona a partir de uma plataforma de “valet” que torna possível operar remotamente a frota da Spin e estacionar cada trotinete de forma automática, levando-as, em segundos, para zonas de parqueamento pré-definidas e locais onde não estorvem os peões.
Sistema de navegação visual avançado
Co-desenvolvido pela Spin e Segway-Ninebot, o S-200 é equipado com as mais recentes tecnologias de visão computacional, machine learning e robótica, apresentando um sistema de navegação visual avançado.
Estas trotinetes utilizam software desenvolvido pela Tortoise, dispondo de câmaras embutidas na parte dianteira e traseira. Essa tecnologia tem a faculdade de dar ao utilizador a possibilidade de “chamar” uma e-scooter, deslocando-se a trotinete autonomamente até ao local desejado.
Esta é a primeira vez que a tecnologia será lançada com uma e-scooter de três rodas, cuja suspensão melhorada permite suportar melhor as diferentes condições da estrada.
Com sede em San Francisco, a Spin é uma unidade da Ford Mobility. A empresa atualmente opera e-scooters em muitas cidades e universidades nos EUA e Europa.Fundada em 2019 e com sede em Mountain View, Califórnia, a Tortoise possibilita o reposicionamento remoto a baixa velocidade de veículos elétricos leves, como bots de entrega, scooters compartilhadas, robots de limpeza, entre outros.
A Segway-Ninebot é uma empresa global na área de transporte inteligente de curta distância e robots de serviço.
A FROTA SPIN S-200 PODE SER CONTROLADA E OPERADA DE FORMA REMOTA E ASSIM RETIRAR EM SEGUNDOS AS TROTINETES ELÉTRICAS MAL ESTACIONADAS DO CAMINHO DOS PEÕES OU DO TRÁFEGO DA RUA.
O S-200 oferecerá também condições para a realização de viagens mais seguras, possuindo três sistemas de travões independentes (travão traseiro regenerativo, travões a tambor quer à frente, quer atrás) e indicadores de direção (no guiador e perto da roda traseira).
“Além de fornecer confiança aos consumidores e mais ordem às ruas da cidade, as e-scooters de controle remoto podem melhorar significativamente a economia de cada unidade, reduzir as emissões de carbono e o trabalho operacional necessário para manter e reposicionar as frotas”, afirma Ben Bear, diretor de negócios da Spin.
Como trabalha a trotinete
O mesmo reposicionamento pode ocorrer se a trotinete estiver estacionada numa zona onde é improvável que venha a ser utilizada por outro utilizador para realizar outra viagem.
A Spin afirma que tenciona no final do ano – e nas cidades em que venha a estar presente – disponibilizar aos clientes a possibilidade de solicitarem através da App uma e-scooter com antecedência ou em tempo real.
A equipa de operações da Spin encaminhará remotamente a S-200 mais próxima para o local indicado.
Eventualmente, as trotinetes sem carga de bateria também irão automaticamente para o “Spin Hub” mais próximo para serem carregadas.
O início da tecnologia robótica na micromobilidade
“Estamos entusiasmados em ver o nosso software ganhar vida com a Spin”, diz Dmitry Shevelenko, cofundador e presidente da Tortoise. “A Spin tem trabalhado incansavelmente para construir a confiança das cidades no mundo e a nossa esperança é que essa tecnologia apenas melhore e otimize a maneira como as cidades e as operadoras podem juntas fornecer meios de transporte”.
Para Tony Ho, Vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios Globais da Segway, “este é um desenvolvimento significativo que marca o início da tecnologia robótica que pode desbloquear todo o potencial da micromobilidade, numa utilização prática e operacional. Estamos ansiosos para ver o impacto real da tecnologia que este programa piloto trará”.