M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
As células de combustível, que usam hidrogénio para mover um veículo sem emitir poluição, continuam a ser uma tecnologia cara, razão porque este tipo de motor nunca conseguiu impor-se no mercado, apesar de ser alvo de pesquisa constante desde os anos 90. Mas uma técnica decorativa usada desde o tempo do Antigo Egito revela a solução para tornar as células de combustível bem mais baratas do que atualmente.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Análises aos tesouros encontrados no túmulo do faraó Tutankhamon revelaram que artesãos egípcios usavam a técnica de banho de ouro sobre outros metais para atingir o mesmo esplendor com um uso muito menor (e consequente redução de custos) de metais preciosos. Agora, uma equipa de investigadores da Universdade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, usou a mesma técnica no catalizador usado em células combustíveis, cobrindo um núcleo de cobalto com uma camada de platina.

O cobalto é coberto por uma camada de platina de apenas um nanómetro, cerca de 100 mil vezes mais fino que um cabelo humano, e essa quantidade não só é suficiente para obter a mesma reação catalizadora para extrair energia das células de combustível, como esta tornou-se dez vezes mais eficiente. A equipa da Johns Hopkins também conseguiu bloquear a reação galvanazidora que levava à oxidação do metal não-precioso, fundindo monóxido de carbono ao cobalto.