M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A indústria aeronáutica tem passado os últimos anos a procurar soluções para conseguir que os aviões tenham melhor eficiência energética e possam assim reduzir a sua pegada ecológica. Agora, a NASA e o Instituto de Tecnologia de Massachusets (MIT) encontraram um modo de tornar os voos mais eficientes, graças a um novo tipo de asa flexível, mais leve que qualquer outro material, que abre o caminho para a futura eletrificação do avião, tanto para uso militar como para uso comercial.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Esta asa flexível tem como objetivo eliminar a necessidade peças móveis tradicionais, como ailerons e flaps, para controlar o movimento de uma aeronave, acopladas a uma estrutura fixa rígida e movidas por motores hidráulicos. Em vez disso, esta asa flexível é composta de uma malha metálica, que permite a toda a estrutura manter a sua rígida em condições normais, mover apenas as peças necessárias quando é preciso, e evitar o peso de motores adicionais. Esta malha metálica é coberta por uma fina camada de polímero do mesmo material da estrutura, uma resina de polietileno.

O resultado final é uma asa muito mais leve, usando menos material de base e que consome muito menos energia. O material pesa apenas 5,6 kg por metro cúbico, com a mesma rigidez de borracha, que pesa 1500 kg por metro cúbico. Cada um dos triângulos que compõem a malha pode ser feito com um molde numa impressora 3D em apenas 17 segundos, tornando o trabalho de manutenção mais rápido e mais barato. Em vez de usar motores para mover os componentes, estes ajustam a sua posição conforme pressão aplicada quando é preciso o avião mover-se, retomando automaticamente a sua forma original quando o material deixa de sentir essa pressão.

A asa flexível foi criada por dois investigadores do Centro de Pesquisa Ames da NASA, em conjunto com um grupo de estudantes do MIT, antiga universidade de um dos responsáveis por este projeto na agência aeroespacial americana. Para provar que o processo funciona, os investigadores construíram uma asa com cerca de cinco metros, mas este não é o design final, até porque este tipo de estrutura é mais adaptável a qualquer outro tipo de desenho, mais eficiente que uma aeronave convencional. A estrutura também pode ser usada noutras aplicações, incluindo pontes e outras construções de grandes dimensões.

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