M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Acidentes mortais abalaram bastante a confiança do público no carro autónomo, com a Uber a interromper o seu programa de testes em vários locais, enquanto a Waymo continuou a trabalhar normalmente e até pretende estender o programa. Mas existem certos cuidados a ter com a condução autónoma que necessitam de ser prioritários. E é assim que surge o Asimov, um projeto da TorcRobotics, cuja preocupação primária é ensinar o carro autónomo a evitar acidentes, lidando com o comportamento caótico dos peões.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

A inspiração da TorcRobotics está em determinados setores que já usam veículos autónomos. Não há grande espaço de manobra para sacrificar na segurança nas operações de extração de minério ou em missões de cariz militar, e aqui a preocupação foi criar veículos que funcionam de forma autónoma a baixa velocidade, para evitar movimentos bruscos e lidar com um ambiente onde qualquer erro pode resultar num acidente extremamente grave.

Assim, em 2005, um grupo de antigos estudantes da Universidade Tecnológico de Virginia (Virginia Tech) resolveu fundar a TorcRobotics, depois de terem obtido sucesso em competições de veículos autónomos. O carro autónomo desta empresa (na verdade, já são dois) começou a circular em 2007, tendo sido demonstrado no CES, em Las Vegas. A principal preocupação de Michael Fleming, diretor do projeto, é reconhecer que o automóvel tem que partilhar a estrada com pessoas, por isso os sensores foram programados para identificar a presença de peões.

Este ano, a TorcRobotics tem vindo a testar o Asimov em condições extremas, demonstrando o seu funcionamento com gelo e neve na estrada, nas estradas da Virginia. Mais recentemente, a empresa americana recebeu autorização para testar o seu carro autónomo nas estradas da Califórnia, um dos terrenos preferidos das firmas de novas tecnologias para testar este tipo de veículos. No video abaixo, a TorcRobotics mostra como o seu sistema funciona quando tem peões nas redondezas.

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