M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
O automóvel elétrico vai mudar fundamentalmente a forma como o público pensa no automóvel, não só na forma como planeia viagens ou reduz a pegada ecológica, mas também como fundação para a chegada de novas tecnologias que vão tornar o transporte pessoal menos importante. Só que não há só um lado bom nesta revolução, pois o carro elétrico necessita de menos horas de construção, o que significa que vão ser eliminados muitos empregos.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

A estimativa é que o carro elétrico leve à eliminação de 75 mil postos de trabalho, só na Alemanha. De acordo com um estudo encomendado pelos sindicatos locais, estes vão centrar-se essencialmente em redor das linhas de montagem de motores e transmissões, já que os motores elétricos necessitam de apenas um terço do tempo de construção de um motor a gasolina ou Diesel. Os motores elétricos têm apenas um sexto dos componentes dos motores de combustão.

As fábricas de motores e transmissões correspondem a 25 por cento dos trabalhadores da indústria automóvel na Alemanha, e com o fim dos motores e caixas de velocidades tradicionais, vão necessitar de apenas 20 por cento do número atual de trabalhadores. O valor de 75 mil empregos desaparecidos é baseado na estimativa que 25 por cento da produção automóvel vai ser elétrica em 2030.

Se o interesse do público for superior, esse número poderá subir ainda mais, pelo que os sindicatos apelam ao governo alemão para criar estratégias para minimizar esse impacto. Os sindicatos também pedem à indústria para não partilhar a tecnologia com países onde os custos com os trabalhadores são mais baixos.