M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A ideia de usar água como combustível é antiga, mas não é fácil de transportar para a prática. Neste momento, apenas um construtor está a testar um carro do género, a nanoFlowcell, uma marca experimental que acabou de completar 150 mil quilómetros em testes de estrada com o seu modelo mais recente, o citadino Quantino.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O sistema da nanoFlowcell funciona como uma célula de combustível, mas usa água salgada ionizada em vez de hidrogénio. Neste caso, o líquido com iões positivos fica separado do líquido com iões negativos. Quando ambos passam por uma membrana, os iões interagem, gerando energia elétrica que é usada para mover o automóvel. O resultado final é água, tal como numa célula de combustível de hidrogénio, permitindo ao automóvel funcionar com emissões zero e reabastecimento rápido.

Desde 2014 que a empresa alemã tem vindo a desenvolver protótipos, como o desportivo e-Sportlimousine, o crossover Quant F e o compacto Quantino. Estes têm sido testados em estrada, com o Quantino a mostrar a validade do conceito. Depois de ter completado 100 mil quilómetros em agosto do ano passado, o carro alemão atingiu agora os 150 mil quilómetros em meio ao tráfego. Durante os testes, conseguiu percorrer 1000 quilómetros durante 8 horas e 21 minutos, sem necessitar de reabastecimento.

O Quantino tem espaço para quatro pessoas no interior, com um motor de 80 kW (109 cv) para um peso de 1421 kg, o que não o impede de ultrapassar os 100 km/h em apenas cinco segundos. A nanoFlowcell quer começar a produzir este automóvel em série a médio prazo.

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