M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Os parques de estacionamentos tradicionais vão desaparecer quando os automóveis autónomos passarem a ser a norma a circular na estrada. O conceito de automóvel partilhado e elementos associados ao movimento autónomo fazem com que o espaço necessário para estacionar seja muito menor.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Este é a conclusão de uma pesquisa da Faculdade de Engenharia da Universidade de Toronto, no Canadá, que aponta para uma redução considerável das necessidades de espaços para estacionar nas cidades do futuro. Primeiro, como uma pessoa não precisa de estacionar antes de sair do carro, não vai precisar de espaço para as portas no parque. Segundo, estes também não precisam de espaço para sair, pois qualquer carro pode mover-se para deixar outro passar (o estacionamento em fila dupla também vai ser um conceito extinto).

O principal problema encontrado nesta pesquisa foi encontrar a quantidade necessária de espaço que uma zona de estacionamento ia precisar. Um parque muito grande aumenta o tempo de recuperação do carro, mas muitos parques pequenos ocupam mais espaço nas cidades. Nos modelos testados em computador, ilhas de estacionamento em quadrados permitiriam albergar até 87 por cento mais carros no mesmo espaço do que um parque atual.

Os investigadores da Universidade de Toronto não levaram em conta o automóvel partilhado, criando o seu modelo com base na propriedade do automóvel, pelo que continuam a prever filas de trânsito extensas, em casos pontuais. Também não sabem quando este género de parques de estacionamento poderá ser utilizado, pois não se sabe quando os carros autónomos vão ultrapassar os carros com condutor em número.