M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Para um carro ser vendido em países com diferentes leis de segurança e diferentes exigências das seguradoras, os construtores automóveis necessitam de passar por vários testes, incluindo o famoso crash-test, para o construtor poder comprovar que o condutor e os passageiros estão protegidos da intrusão de objetos estranhos ou de impactos com peças no interior. Mas se isso é fácil para um grande construtor, as marcas de pequeno volume, como a Koenigsegg, necessitam de outras manobras para poderem passar esses testes sem perder uma quantidade considerável de dinheiro.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Para poder ser aprovado num crash-test em mercados diversos como a Europa e os Estados Unidos, as marcas podem destruir entre uma e duas dezenas de carros. Para um construtor generalista, que conta vender 100 mil ou até um milhão de exemplares de um carro novo, é apenas uma ínfima percentagem da sua produção total. Mas as marcas de carros exóticos, como a Koenigsegg, geralmente produzem entre uma e duas dezenas de carros por ano, ou seja, seria necessário fazer um crash-test a toda a sua produção normal. Assim, em vez de deitar fora um destroço, o mesmo carro é reconstruído depois de cada teste de segurança, geralmente mantendo a mesma estrutura e substituindo a carroçaria.

Christian von Koenigsegg e o seu diretor de produção, David Tugas, explicam como fazem para usar o mesmo carro em vários testes. Felizmente, os carros exóticos da marca sueca têm chassis feitos em fibra de carbono, o que os torna mais resistentes a certos impactos e permite-lhes ser reparados e reutilizados de novas maneiras. E, dada a capacidade produtiva da Koenigsegg, é mais barato reconstruir um carro com um chassis de fibra de carbono do que destruí-los e fazer um novo. E assim não há motivo para passar um aumento de custos maior que o necessário para o cliente final.