M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
O setor dos transportes de mercadorias vai sofrer uma revolução durante a próxima década, com a promessa da chegada de camiões que vão ser ao mesmo tempo elétricos e autónomos. Mas mais do que serem simplesmente uma cabine (ou falta dela) e um atrelado, estes camiões vão precisar de adequar-se a trabalho especializado. É por isso que a Einride, uma empresa sueca, propõe o seu segundo produto, o T-Log, concebido especificamente para o transporte na indústria madeireira.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

A Einride já tinha criado o T-Pod, um modelo de conceção simples, em que o que normalmente seriam trator e atrelado estão combinados numa única forma. Tal como o T-Pod, o T-Log tem cerca de sete metros de comprimento, mas o lugar do atrelado fica aberto, para ser de mais fácil utilização pela indústria madeireira, com vários pilares colocados em vários pontos, para se poderem empilhar troncos de árvore.

O T-Log é mais eficiente que o T-Pod, já que está equipado com uma bateria com maior carga energética, que sobe dos 200 para os 300 kWh. Isto será suficiente para transportar um peso bruto de 16 toneladas a uma distância de 190 km, sem qualquer emissão poluente, relevante dado o peso dos veículos Diesel usados normalmente pela indústria dos transportes para as emissões de nitróxidos e hidrocarbonetos para a atmosfera.

Tal como o T-Pod, o T-Log é comandado por um sistema de inteligência artificial Nvidia Drive, com um nível 4 de autonomia, ou seja, é capaz de fazer a grande maioria das manobras de condução sozinho, mas necessita da presença de um operador humano, à distância. Mesmo assim, o software já é capaz de responder ao tráfego, ajustando sozinho a sua rota para evitar filas de trânsito, tornando o consumo de energia mais eficiente e baixando os tempos de entrega. O T-Log chega ao mercado internacional em 2020.

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