Estes robôs foram desenvolvidos por um grupo de engenheiros e dentistas da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, que criaram dois tipos diferentes de máquinas microscópicas, preparadas para trabalhar em conjunto. Um grupo foi desenhado para se acoplar a superfícies, e o segundo para funcionar em espaços apertados. Ambos utilizam nanopartículas contendo óxidos de ferro para criarem peróxido de hidrogénio quando em contacto com as bactérias, destruindo-as.
Assim, podem fazer um trabalho profundo enquanto removem películas biológicas criadas pelas bactérias que causam o tártaro. Estes sistemas podem ser usados não só em limpeza pelo dentista, mas também podem ser implantados diretamente em dentes falsos para funcionarem de forma permanente, ou em catéteres, quando é necessário realizar uma cirurgia dentária.
O funcionamento dos robôs foi detalhado no jornal Science Robotics pelos líderes do projeto, Michel Koo, da Escola de Medicina Dentária, e Edward Steager, da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas. Para criar estes robôs, foi preciso unir duas disciplinas, sendo que o resultado final vai ter aplicações além do projeto original de medicina dentária. Como podem eliminar formações bacteorológicas, além de tornarem o trabalho do dentista muito mais rápido, também vão ser usados no bloco operatório, para prevenir infeções durante e após uma cirurgia, em objetos que vão estar em contacto com o paciente e que correm o risco de serem contaminados por patógenos.