M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A utilização de manequins para simular os danos que o ocupante de um automóvel pode sofrer em caso de acidente foi muito importante para melhorar a segurança automóvel nas últimas décadas. No entanto, os danos podem variar conforme as características das pessoas, e até agora os “bonecos” representavam formas medianas. A empresa Humanetics quer mudar isso e tornar os testes de colisão mais reais.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Trabalhando em conjunto com Stewart Wang, médico especialista em acidentados, diretor do Centro Internacional de Medicina Automóvel e professor na Faculdade de Medicina da Universidade do Michigan, a Humanetics desenvolveu dois novos “crash test dummies”, um simulando um homem obeso, com um peso acima da média (123 kg), e outro com as características de uma idosa de 70 anos.

Wang reclamava há anos que “os bonecos não se parecem nada com os meus pacientes. A forma do corpo e a condição física de uma pessoa são muito importantes para decidir como lesões são tratadas depois de um acidente”, dando como exemplo que uma pessoa obesa escorrega por baixo do cinto de segurança, devido à folga adicional, e por isso sofrem mais danos nas pernas. O médico relembra ainda que “a obesidade hoje em dia é a norma, não a exceção”.

Quanto ao “boneco” idoso, simula os danos mais prováveis de acontecer a uma pessoa de idade avançada, com mais probabilidade de sofrer lesões no tórax. Este modelo foi necessário devido ao número cada vez maior de idosos a conduzir. Estes dois “crash test dummies” estão em fase de testes, pelo que anteve-se que possam ser adotados nos crash tests da Euro NCAP ou NHTSA (equivalente americano ao Euro NCAP) a médio prazo.

M. Francis Portela

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