De facto, a ZF pensou primeiro em uso industrial para esta nova tecnologia. Trata-se do mesmo princípio que permite aos automóveis autónomos andarem sozinhos, mas em espaços mais confinados. Há também o fator humano a levar em conta. A empilhadora vai ter que lidar com a presença de humanos em movimento, um ambiente mais caótico que uma estrada, onde todos os veículos acabam por circular na mesma direção.
A Nvidia irá fornecer à ZF um processador capaz de reconhecer um ambiente de 360 graus, comunicar com aparelhos semelhantes e com outras infra-estruturas de comunicação, e aprender mais rapidamente a adaptar-se às suas redondezas. Infelizmente, as aplicações reais desta tecnologia ainda estão na fase inicial de desenvolvimento.
Mas talvez o futuro não esteja tão longe. Na prática, quando este sistema estiver pronto para funcionar, poderá ser usado para qualquer aplicação para uso dentro de casa. A imaginação permite antever macas de hospital autónomas ou carrinhos de mão que não precisam de ser empurrados. Mas já existe algo parecido, uma vez que a Honda, cujo famoso robô Asimo tem servido como montra para a evolução da inteligência artificial, chegou a mostrar um cortador de relva com algumas capacidades autónomas, o Miimo, em 2013.
M. Francis Portela