M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Os drones são mais usados no exterior, mas também podem ser muito úteis dentro de uma estrutura ou de um edifício. Para isso, não necessitam de voar muito depressa, mas os espaços apertados podem constituir um perigo. A maioria dos drones tem um formato de caixa com hélices nos cantos, o que os impede de passar por todos os recantos. E há sempre o perigo de acertar numa pessoa. Sabendo destes perigos, um grupo de engenheiros japoneses criou o Dragon, um drone que parece um dragão a flutuar, mas que pode mudar de forma.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O JSK Lab, uma divisão da Universidade de Tóquio, criou o Dragon (um acrónimo complicado que significa Robô com Duplo Rotor e Habilidade Múltipla de Transformação Aérea) como uma robô modular, que se pode transformar enquanto está a voar, assumindo várias configurações. Normalmente, parece um dragão voador, ou uma libélula, mas também pode esticar-se para passar por buracos pequenos, ou unir segmentos para ficar mais parecido com um drone comum.

Cada módulo do Dragon tem o seu próprio par de rotores de pequenas dimensões, cada um atuando em direções diferentes para manter o drone na direção correta. Consegue voar em qualquer direção com a mesma facilidade, mesmo que se transforme de um dragão num quadrado. O principal problema é que, como é normalmente fininho, não tem muito espaço para uma bateria, que não garante mais do que três minutos de voo.

Apesar das suas limitações, o potencial para o Dragon é imenso, pois teoricamente também vai ser capaz de trabalhar de forma autónoma, decidindo qual a forma a tomar quando se depara com um obstáculo. Também vai poder crescer em tamanho, triplicando o número de módulos que o compõem, o que lhe vai dar a capacidade de manipular objetos, como se fosse uma pinça.