M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Tempo, peso e distâncias são os principais obstáculos para a humanidade estabelecer colónias humanas ou científicas nos outros planetas do Sistema Solar. E todos os recursos, materiais e consumíveis que poderiam melhorar a viagem estão na Terra, pelo que não é possível reabastecer e é preciso levar tudo para o espaço. É este problema que Koki Ho, do Departamento de Engenharia Espacial da Universidade do Illinois, nos Estados Unidos, quer resolver.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

A proposta da universidade é uma campanha por estágios. Se nem todas as missões necessitam de chegar a um local com a prontidão máxima, seria possível enviar uma missão à Lua ou a uma estação espacial em órbita, com uma viagem mais lenta, transportando combustível ou outras peças de infraestrutura. A partir daqui, esta estação de combustível extra-planetária serviria como ponto intermédio, permitindo a agências espaciais enviar missões a pontos mais longínquos, como Marte, o cinturão de asteróides ou as luas de Júpiter e Saturno, mas saindo da Terra apenas com os materiais necessários para chegar ao ponto intermédio.

A equipa de Koki Ho trabalhou em modelos teóricos sobre as dimensões apropriadas do veículo e do motor, que seriam mudados conforme a missão enviada para o espaço sideral. Isto permitiria poupar bastantes recursos com uma missão lançada a partir da Terra, tirando proveito de velocidades mais lentas para o transporte de recursos, bem como da menor gravidade do ponto intermédio de partida.