M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A necessidade de cuidados de saúde permanentes é um problema comum no mundo ocidental, onde muitas pessoas precisam de ajuda para tarefas tão simples como comer. Só nos Estados Unidos, cerca de um milhão de pessoas têm problemas de mobilidade que os impedem de se alimentarem sozinhas, obrigando à presença quase permanente de uma pessoa em casa. Ser alimentado nunca é confortável, pois quem está a segurar no talher, não tem a perceção de onde deve colocar a comida sem incomodar ou lesionar o paciente.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Para reduzir a dependência de pessoas com dificuldades de mobilidades e ajudar a comer com mais conforto e rapidez, um grupo de cientistas da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, desenvolveu um robô que não só é capaz de dar de comer a qualquer pessoa, como também aprende a ajustar os seus movimentos às necessidades das pessoas, reconhecendo a posição e a força com que deve agir. O sistema é bastante complicado, com sistemas do robô demonstrados individualmente em várias publicações separadas em jornais científicas.

A equipa de investigadores, liderada por Siddharta Srinivasa, professor de engenharia e ciência computacional na universidade americana, necessitou de um longo período de investigação sobre como as pessoas se alimentam de tipos de comida de diferentes consistências usando um garfo. Usando um manequim equipado com sensores, estes resultados foram depois usados para programar o robô, aprendendo a apanhar comidas de tamanhos diferentes com um garfo, e selecionando o ângulo de entrada apropriado para uma pessoa com dificuldades motoras poder comer.

Este robô não vai substituir pessoas especializadas em cuidados de saúde, mas vai libertar tempo para se dedicarem a outras funções do seu trabalho, permitindo ao paciente alimentar-se em qualquer lugar e com toda a privacidade.