De acordo com uma entrevista dada pelo engenheiro Henrik Christensen (diretor do Contextual Robotics Institute da Universidade de San Diego), a partir de 2020, o número de condutores vai começar a diminuir, primariamente porque vai haver menos emprego no setor do transporte. Os sistemas de inteligência artificial vão continuar a evoluir de modo a tornar a condução desnecessária.
E isto tem também repercussões no uso do automóvel privado. Christensen defende que as crianças que nascerem agora nunca vão conduzir um automóvel. Com os principais construtores a preverem introduzir carros autónomos no mercado durante os próximos cinco anos, em 15 a 20 anos ninguém vai precisar de aprender a conduzir. A própria mentalidade dos jovens de hoje já aponta para esse futuro.
Com os atuais utilizadores de smartphones mais preocupados com o ecrã do telemóvel, à procura de informação instantânea e gratificação imediata, o tempo passado ao volante, em filas de trânsito, é um perfeito desperdício se estivermos a guiar.
Isto também significa que não vai ser necessário ser dono de um carro, uma vez que não precisaremos de ter um veículo parado. Acabando assim com a sensação de liberdade e independência e com este ritual de entrada na vida adulta.