M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Células de combustíveis são consideradas por alguns membros da indústria automóvel como uma alternativa ecológica mais prática às baterias de iões de lítio. O hidrogénio, mesmo necessitando de medidas de segurança adicionais, pode ser substituído nas células mais rapidamente que uma bateria de lítio pode ser carregada. Mesmo assim, e embora tenha sido alvo de desenvolvimento constante nas últimas três décadas, esta tecnologia não se tem conseguido impor no mercado automóvel.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Uma alternativa para ajudar a reduzidos os custos de desenvolvimento é encontrar alternativas para aplicações. E a General Motors, uma das empresas que aposta nas células de combustível, acredita ter encontrado uma indústria que poderá beneficiar do uso do hidrogénio como fonte de energia: a aviação. Para isso, a GM estabeleceu uma parceria com a Liebherr-Aerospace, divisão aeronáutica do grupo francês Liebherr, especializada no desenvolvimento e produção de sistemas internos para aeronaves.

Enquanto num automóvel as células de combustível são usadas em substituição do motor de combustão, no caso da aviação, não serão usadas no lugar de hélices ou jatos. Em vez disso, a Liebherr pretende utilizar o hidrogénio para dar energia aos sistemas auxiliares, como ar condicionado e eletrónica, poupando combustível que assim pode ser usado para aumentar a autonomia de um avião.

A forma como estes sistemas vão ser integradas ainda não foi revelada, já que a parceria entre a GM e a Liebherr é nova. Mas a Liebherr antecipa que o produto resultante do consumo do hidrogénio, vapor de água, pode ser reaproveitado no estado líquido, nos lavatórios ou para refrigeração. Quanto à GM, espera poder diminuir os custos de produção para beneficiar os sistemas que está a desenvolver em parceria com a Honda, ou que já são aplicados num veículo militar derivado da pickup Chevrolet Colorado ZR2.