M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Uma moda do tuning nos Estados Unidos consiste, desde os anos 20 do século passado, em tirar o motor do carro e simplesmente colocar um maior e mais potente lá dentro. Foi daí que surgiu uma frase, nas corridas de automóveis, que “não há substituto para a cilindrada”. E embora existam provas em contrário, quando olhamos para este motor, concordamos.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O Chevrolet LS7 é um dos mais impressionantes motores V8 com configuração de árvore de cames central, gerando 505 cv de 7011 cc de cilindrada no Chevrolet Corvette Z06 de 2006. Embora o carro de estrada já tenha dado origem a uma nova geração, com um motor diferente, o propulsor original ainda hoje é vendido pela General Motors como “crate engine”, algo que se pode comprar à parte e montar em qualquer carro.

O motor é fácil de modificar para obter um pouco mais de potência, mas a Mercury Marine, empresa mais conhecida por criar motores para embarcações, resolveu criar uma versão do LS7 melhor que todas as outras. Para isso, retirou as árvores de cames laterais (que ajudam a gerar mais potência em médio regime, mas impedem o motor de atingir rotações muito elevadas) e montou uma cabeça de dupla árvore de cames em cada grupo de cilindros fornecida pelo preparador Edelbrock, ficando ainda com 32 válvulas.

Como resultado, o LS7 da Mercury Marine viu a potência subir dos 505 para os 750, a um regime mais elevado, de 8000 rotações por minuto. Mantém lubrificação por cárter comum e utiliza gasolina comercial, o que o deixa mais acessível para qualquer amante do tuning. Teoricamente, pode ser montado em qualquer carro com motor dianteiro e tração traseira, mesmo alguns que de origem têm quatro cilindros, embora possa necessitar de espaço adicional. Também está limitado a uso em track days, pois não cumpre critérios anti-poluição na América da Norte e Europa, portanto não vai poder conduzir o carro com o motor novo da garagem à pista.