M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A atresia esofágica é uma deformação congénita que bloqueia o acesso da comida através do esófago e impede-a de entrar um estômago, e que afeta potencialmente um em cada 4000 nascimentos. Embora possa ser resolvida facilmente através de uma cirurgia, esta não tem a eficiência necessária e pode necessitar de novas intervenções. Para ajudar nesta área, o Hospital Pediátrico de Boston uniu-se à Universidade de Sheffield para criar um robô que pode fazer estas intervenções cirúrgicas diretamente.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Este robô consiste num aparelho pequeno que se prende ao esófago através de dois anéis. Um motor minúsculo começa depois a puxar o tecido muito levemente na direção correta, de modo a resolver o problema. O robô replica o mesmo procedimento criado para curar a atresia esofágica, mas sem necessidade de um procedimento invasivo. Este robô também consegue avaliar a força necessária para puxar o tecido, adaptando-se automaticamente, e está permanentemente no esófago para resolver o problema, em vez de necessitar de segundas intervenções cirúrgicas.

A responsável pelo desenvolvimento do robô, Dana Damian, afirmou que “o principal desafio foi criar um robô que funcione num ambiente hostil a tecnologia, capaz de promover o crescimento do tecido na direção certa. Por isso, o robô tinha que ser maleável e durável, impermeável ao ar, à água e à corrosão. Este é o primeiro passo para criar ferramentas apropriadas para outros tratamentos de regeneração de tecidos”. Graças à tecnologia desenvolvida neste robô, também podem ser resolvidos problemas semelhantes em tubos como o intestino ou as artérias.