FOTO David Baillot/UC San Diego
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
O número de máquinas e aparelhos que necessitam de baterias recarregáveis não pára de aumentar, e isso tem implicações no custo de elementos como lítio, cobalto e níquel, necessários para a construção destas baterias, usadas em telemóveis, drones e automóveis elétricos. Ao mesmo tempo, as baterias de lítio raramente são recicladas, constituindo um perigo ambiental. Mas ambos os problemas podem ser resolvidos por um novo processo de reciclagem.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Um grupo de engenheiros da Universidade da Califórnia de San Diego conseguiu recolher partículas dos cátodos usados em baterias de lítio, pressurizá-las numa solução de sais de lítio, aquecê-las a 800 graus e arrefecê-las lentamente. O resultado final foi cátodos que trabalhavam como novos, com a mesma capacidade de armazenamento e a mesma velocidade de recarga.

Este processo também custa menos de metade de processos já existentes para reciclar baterias de lítio, 5,9 MJ de energia, ou o mesmo que um copo cheio a três quartos com gasolina, para recuperar 1 kg de material para cátodos. Desta forma, a equipa da UC San Diego espera industrializar o processo de modo a reciclar muito mais baterias de lítio que os cinco por cento atuais, e ao mesmo tempo poupando as reservas minerais de elementos como lítio e cobalto, e reduzindo o impacto ambiental de mineração constante.