O semáforo está condenado à morte

M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Desde que foram inventados em 1910, os semáforos tornaram-se uma parte integral do trânsito nas cidades, impondo alguma ordem ao cada vez mais caótico tráfego automóvel urbano. Mais de um século depois, habituámo-nos a eles, de uma maneira que são parte integrante da paisagem. Nem imaginamos como poderia ser um mundo sem semáforos.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Então prepare-se para um admirável mundo novo. O semáforo vai desaparecer completamente quando todos os automóveis forem autónomos, de acordo com uma pesquisa do instituto A*Star de Computação de Alta Performance, em Singapura. Numa primeira fase, com autonomia parcial, os semáforos vão ser complementados com um pulso de comunicações, que vai transmitir informações entre automóveis, adaptando a sua velocidade e distância.

Este modelo, chamado “força de repulsão adaptativa”, vai permitir aos carros terem reações mais imediatas à medida que se aproximam uns dos outros em cruzamentos. Os automóveis não vão precisar de ser completamente autónomos, bastando ter sistemas de cruise control e estarem ligados em rede. Mais tarde, o semáforo vai mesmo ficar obsoleto. Com autonomia total, não vai ser necessária a intervenção humana, e os carros decidirão por si próprios quando devem acelerar, travar ou parar.