Smart glasses ajudam invisual a correr a maratona

M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Lembra-se do Google Glass? Foi uma ideia da Google em que, basicamente, uma pessoa ia andar com uma câmara montada na cabeça. Era grande e intrusivo, ainda que os primeiros a adotarem a tecnologia tenham gostado das possibilidades. A Google interrompeu o desenvolvimento deste aparelho, mas outras empresas continuam a desenvolver a tecnologia, incluindo uma que quer colocar os cegos a ver.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Mais especificamente, a Aira vê grandes oportunidades com os “smartglasses”, óculos que seriam capazes de transmitir informação aos seus utilizadores, através das lentes. Por exemplo, esta tecnologia poderia ajudar trabalhadores de fábricas, que teriam acesso instantâneo ao manual de instruções da sua função.

Neste caso, o Google Glass da Aira está a ser testado para um propósito específico. O seu beneficiário é Erich Manser, um residente de um subúrbio de Boston, nos Estados Unidos, que usou esta tecnologia para participar na Maratona de Boston. Manser tem uma doença degenerativa nos olhos, que o deixa legalmente cego. No entanto, a Aira consegue transmitir informações numa frequência que Manser pode ler, informando-o sobre obstáculos na estrada, quando está a fazer jogging, e que lhe permitiu tornar-se o primeiro invisual a participar na Maratona de Boston sem necessitar de ajudantes a correr ao seu lado.