M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A tecnologia desenvolvida na Fórmula 1 pode ter várias outras aplicações no mundo real. Mas como é tão avançada que parece saída de um filme de ficção científica, também as suas aplicações parecem, à primeira vista, serem de ficção científica. É o caso do volante-motor usado para recuperar energia de travagem nos monolugares de Fórmula 1, usado pela equipa Williams, que aqui serve para dar energia a uma arma de raio laser que vai ser usada pela Marinha Britânica e pela sua equivalente americana.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Até o nome da arma parece saído de um episódio de a Guerra dos Tronos. Conhecida oficialmente como LDEW (Arma de Energia Direcionada por Laser, em inglês), já foi batizada pelas autoridades britânicas para uso coloquial como “Dragonfire” (fogo de dragão). Trata-se de um canhão que usa o laser para excitar as moléculas dos materiais dos alvos a que está apontado, fazendo com que entrem em ignição ou fiquem desativadas. O uso de tecnologia laser também lhe oferece maior eficácia na identificação do alvo.

O principal problema desta arma de raio laser é que consome muita energia de uma só vez, o que poderia colocar em risco a bateria usada para lhe fornecer energia. Assim, em vez de recorrer a uma bateria, a Marinha optou por montar um volante-motor, capaz de girar a dezenas de milhares de rotações por minuto, para servir como acumulador, que depois é descarregado diretamente na arma, sem afetar os sistemas elétricos do navio. Este sistema foi desenvolvido pela GKN, empresa especializada em motores elétricos, e é do mesmo tipo usado pela Williams nos seus carros de Fórmula 1. A fiabilidade deste sistema foi testada em colaboração pela Marinha Americana, que também deverá usar um raio laser semelhante para abater alvos à distância. Esta energia ficará esgotada apenas em alguns segundos, mas será suficiente para o laser encontrar e eliminar um alvo.