M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Se um robô levasse um pontapé, será que ficava chateado? Se tivesse emoções, talvez, até porque era incapaz de se levantar. Pelo menos, era essa a situação para os robôs até o Laboratório de Robótico da famosa Escola Técnica Federal de Zurique (ETH Zürich), na Suíça, criar uma nova inteligência artificial para ajudar o seu cão-robô, o ANYmal, a levantar-se quando cai, seja por tropeçar, seja porque alguém lhe deu um pontapé.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O ANYmal já tinha aprendido a dançar, mas agora foi programado com um programa que lhe permita resolver problemas mais importantes para os seus movimentos normais. Enquanto qualquer cão normal sabe levantar-se normalmente do chão (só não lhe deem um pontapé!), o cão-robô criado na antiga universidade de Albert Einstein necessita de aprender. A nova inteligência artificial, cujo estudo foi publicado no jornal científico Science Robotics, precisou de modelar todos os movimentos do ANYmal, de modo a encontrar o melhor equilíbrio entre eficiência de movimento, poupança de energia, manter a estabilidade e detetar qualquer perda de equilíbrio, aprendendo novos momentos à experiência.

O resultado final é que, quando encontra outros obstáculos, como engenheiros da ETH Zürich que gostam de lhe dar pontapés, o ANYmal aprendeu a mover as suas pernas de modo a manter o equilíbrio em quase todas as circunstâncias. Mesmo que perca mesmo o equilíbrio, aprendeu a rolar o corpo para chegar à posição necessária para se colocar em pé. Como bónus, o cão-robô também aprendeu o movimento necessário para correr mais depressa. Adotando um trote semelhante ao de um mamífero alto de quatro patas, conseguiu bater o seu recorde de velocidade, atingindo 1,5 metros por segundo, ou 5,4 quilómetros por hora.