M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Robôs minúsculos têm funções limitadas a ações de pequena dimensão. Também necessitam de uma fonte de energia, por mais pequenos que seja. Agora, um estudo universitário descobriu que o segredo está no milho. Não como fonte de biocombustível, como é normal, mas através de um processo que torna o robô comestível: usar um micro-ondas para transformar o milho numa pipoca, dando energia e novas funções ao mecanismo.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Investigadores da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, descobriram que é possível usar uma nova substância para fornecer energia a pequenos robôs, aquecendo essa substância para expandir o seu tamanho em 10 vezes, aumentar a sua viscosidade na mesma proporção e passar de uma forma lisa para granulada com grande força.

O processo foi descrito num estudo científico ainda não publicado, escrito pelo estudante de doutoramento Steven Ceron, com o nome “Atuadores robóticos ativados por pipoca”. O objetivo é usar um número elevado de robôs minúsculos para trabalhar em conjunto em obras grandes. Robôs de pequenas dimensões têm menos probabilidade de avaria ou desgaste, e ao trabalhar em conjunto vão ter mais funcionalidades com mais eficiência energética.

O estudo é o primeiro a considerar o uso de pipocas como fonte de energia, já que são baratas, estão sempre disponíveis e são biodegradáveis. A transformação do milho em pipoca, através de calor, é suficiente para dar energia aos robôs, que também podem ser usados em operações médicas, ingerindo um robô na pipoca. Para outros usos, a simples descarga de energia da transformação do milho em pipoca substitui elementos mecânicos como bombas e compressores. O problema é que estes robôs só vão poder ser usados uma vez, já que a pipoca não pode voltar à forma original.