M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Enquanto os americanos pretendem dar um passo atrás no desenvolvimento de automóveis com menos impacto ambiental, não é só a Europa que tem um objetivo definido para que todos os automóveis novos se tornem elétricos. Agora, é a vez da Índia se dedicar ao desenvolvimento de automóveis elétricos, apontando 2030 como o ano em que todos os automóveis vão deixar para trás o motor de combustão.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Para o governo indiano, substituir os carros a gasolina por elétricos é uma obrigação para a saúde pública. Deli, a capital do país, tem níveis de poluição atmosférica 13 vezes superiores ao recomendado pela Organização Mundial de Saúde, e problemas de saúde relacionados com a poluição do ar consomem três por cento do Orçamento de Estado. Pelo menos, o governo já começou a subsidiar a produção de energia elétrica solar e a cancelar projetos para entrais termoelétricas.

No campo automóvel, as indústrias locais vão ter que começar a trabalhar o mais depressa possível em nova tecnologia. Apenas a Mahindra produz um carro elétrico para consumo local, o e2o, desenvolvido pela sua subsidiária Reva, enquanto a BMW importa o i8. Das marcas locais, a Tata Motors é proprietária da Jaguar Land Rover, que já tem esta tecnologia desenvolvida no protótipo Jaguar i-Pace. A Maruti Suzuki, a marca que mais vende na Índia, não tem um modelo elétrico, enquanto a Hyundai e Nissan não vendem o IONIQ e o LEAF neste país.

Implantar esta medida nas cidades grandes até 2030 não será um problema. O Euro 6 já vai ser obrigatório em 2020, e já existem limites de cilindrada para motores Diesel nalgumas cidades, pelo que o público está consciente dos esforços para reduzir o impacto poluente dos transportes pessoais. Nas zonas rurais, no entanto, o público ainda prefere motores Diesel, devido à sua autonomia, com plataformas automóveis simplificadas.

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