M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
O mais novo papel de Arnold Schwarzenegger é como Howard Kleiner, na curta-metragem Kicking Oil. E nesse filme, o ator americano tem apenas uma missão: vender-lhe um carro que gaste gasolina… e quanto mais poluente melhor. O filme foi feito em conjunto com a Veloz, uma organização independente promotora do uso do carro elétrico, e Mary Nichols, responsável pela qualidade do ar no governo estadual da Califórnia, e tem como objetivo convencer o público a trocar os seus carros antigos por carros elétricos.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Durante o filme, Schwarzenegger, disfarçado no papel de Howard, tenta convencer potenciais clientes que andar de carro elétrico é “coisa de mariquinhas”, que encher o depósito de combustível é “melhor que sexo” e que o silêncio de um carro elétrico “é chato porque sou obrigado a ouvir a família a falar”. Apesar de ser difícil disfarçar a sua estatura, voz e sotaque, apenas um casal parece reconhecer Arnold, enquanto os outros ficam cada vez mais irritados com o estranho vendedor, exigindo falar com o seu superior hierárquico (também Schwarzenegger, com nova indumentária e caracterização).

Apesar dos diálogos algo irreais do vídeo, na vida real Arnold Schwarzenegger é apoiante dos carros elétricos e o ator e antigo governador da Califórnia usa na condução diária um Mercedes Classe G modificado com bateria e motor elétrico, circulando por Los Angeles sem contribuir para a poluição atmosférica (a cidade mais populosa da Califórnia é a segunda com o ar mais poluído dos Estados Unidos). Mary Nichols, responsável pela campanha, resolveu escolher como forma de promoção dos carros elétricos, pois está farta de imagens sérias e assustadoras para avisar o público das desvantagens ecológicas dos motores a gasolina.