Com parcos recursos financeiros, a Sauber tem levado a cabo uma temporada muito abaixo das suas expectativas, não oferecendo grandes possibilidades a Marcus Ericsson e a Felipe Nasr de brilharem nos diversos fins de semana da temporada de 2016. Sem verbas para grandes desenvolvimentos do chassis e com o motor Ferrari do ano passado, a equipa de Hinwill acabou por ser vendida a um grupo de investidores em meados do ano. Contudo, os resultados em pista mantiveram-se parcos.

Até ao penúltimo grande prémio do ano, no Brasil, a Sauber mantinha-se como a única equipa ainda sem pontos, mesmo atrás da Manor, que este ano tem conseguido ‘fugir’ da última linha da grelha.

Mais do que apenas uma questão de estatuto, o facto de ficar em 11º na tabela de construtores tem um efeito nefasto: perder o bónus da FIA que é atribuído aos dez primeiros – cerca de 50 milhões de euros.

Por isso, as últimas voltas do GP do Brasil foram vividas em grande ansiedade por parte da Sauber, que tinha Felipe Nasr em batalha pelos lugares pontuáveis, seguido de perto por Esteban Ocon (Manor). Assim, qualquer erro ou incidente em que Nasr se envolvesse poderia custar muito mais caro à equipa suíça.

Em condições da pista copiosas, Nasr não teve forma de resistir aos mais velozes Daniel Ricciardo e ‘super’ Max Verstappen, nos seus Red Bull, mas terminou em nono e, com isso, colocou dois pontos no pecúlio da Sauber, saltando para a frente da rival Manor. Tanto mais que Ocon ficou fora dos pontos.

No final, Nasr, frente ao seu público, sob chuva copiosa, após um final de nervos, cedeu na comunicação com a sua equipa, comparando estes pontos a uma vitória: “Sabe como uma!”, revelou, antes de dizer que o segredo é nunca desistir.

“É porque eu sou brasileiro. Não desisto nunca. Vou até ao fim”, declarou, ainda abafado por gritos de felicidade. Tais como os que o grande herói de uma grande maioria dos pilotos brasileiros fez naquele mesmo circuito em 1991, Ayrton Senna.

O vídeo foi partilhado pela página do Facebook do Alta Octanagem.