Enquanto líder da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), Sergio Marchionne tem vindo a defender a necessidade de fusões na indústria automóvel, justificando que apenas essas poderão trazer benefícios a todos os construtores envolvidos e a redução dos custos de desenvolvimento. Contudo, o CEO da Fiat Chrysler não tem tido vida fácil na procura de um eventual negócio, tendo visto aquela que foi a sua primeira abordagem, à General Motors (GM), rejeitada.

Desde então, o ímpeto de Marchionne foi ligeiramente refreado, assistindo-se à movimentação doutras peças na indústria, como a mais recente do Grupo PSA de Carlos Tavares sobre a Opel. Contudo, as recentes declarações de Matthias Müller, seu homólogo no Grupo Volkswagen, de que estaria disposto a falar com o italiano para debater o assunto, trouxe uma nova ‘luz’ sobre este tema.

Com o mercado europeu a atravessar um período de recuperação após a crise, mas também num momento de grande ebulição no setor em virtude da introdução e desenvolvimento de novas tecnologias (da eletrificação à conectividade e condução autónoma), a hipótese de fusão entre a FCA e a Volkswagen não está completamente posta de parte.

Em declarações à Agência Reuters, Sergio Marchionne garantiu estar à espera de se encontrar com o CEO do Grupo Volkswagen para falar sobre uma hipotética fusão.

“Estamos à espera com ansiedade. Há quatro ou cinco fabricantes de dimensão mundial, se alguma coisa tiver de ser feita, será feita. Já não vejo o [Matthias] Müller há seis ou sete meses, mas na primeira oportunidade que tiver vou procurá-lo”, é citado Marchionne na Reuters, falando sobre a hipotética criação daquela que seria uma ‘megaempresa’ mundial.

A movimentação recente da PSA ao comprar a Opel à General Motors (GM) poderá assim proporcionar um efeito também noutros fabricantes mundiais, fundamentando a junção de esforços entre diferentes marcas.