Citado pela Agência Lusa, Paulo Reis Mourão, autor do livro “The Economics of Motorsports: The Case of Formula One” e investigador da UM, deu conta de que este é o valor estimado para um contrato de 12 anos com uma “renda anual entre 60 a 70 milhões de euros”, vincando o facto de os contratos serem fechados, por norma, por períodos de 10, 12 ou 15 anos.
O retorno direto desse investimento rondaria os 200 a 300 milhões de euros ao longo da dúzia de anos do contrato que eventualmente fosse assegurado, não estando incluídos os ganhos de investimento e publicidade. Esta, no entanto, deixou de ser paga, já que aparece associada às corridas de F1 por intermédio de contratos de patrocínio já estabelecidos com a Formula One Management (FOM).
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Com cerca de 300 páginas, o livro editado pela Palgrave detalha os custos das corridas, mas também o que anda à roda da indústria. “Há muitos livros sobre a Fórmula 1, inclusive sobre a sua mecânica ou a gestão das equipas, mas este é o primeiro sob o olhar de um economista”, refere o autor.
Apesar da intenção da nova detentora da competição Liberty Media de querer alargar o calendário de corridas para além das 21 provas previstas para 2018 e da recente homologação do AIA pela Federação Internacional do Automóvel (FIA) como palco que pode receber a Fórmula 1, o diretor-geral do circuito, Paulo Pinheiro, admitiu que será difícil reunir as condições para que o regresso da modalidade ao solo nacional se concretize.
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“A Fórmula 1 é de facto o grande pináculo do desporto motorizado mundial, mas é muito difícil para um país com a nossa dimensão conseguir ter as condições totais para trazer a prova”, disse, em junho, à Lusa. “Reunimos várias condições, como a pista, estacionamentos, infraestruturas e hotéis, o que faz com que a proposta ganhe valor. O Algarve é um sítio fantástico, que reúne condições para receber uma corrida, mas há 15 países a disputarem uma prova. Daí ser um processo complexo, trabalhoso, mas mantemos a esperança de um dia conseguirmos trazer a Fórmula 1”, destacou.