Alemanha dissipa mito dos novos “diesel mais limpos”

21/09/2017

Nova derrota para os que defendiam que as progressivas inovações inseridas nos motores diesel os tornam essenciais para baixar as emissões de dióxido de carbono, com um ministro alemão a referir que isso não se confirma.

A Alemanha é dos países onde tem vindo a existir uma defesa mais acérrima dos diesel, até pela importância que estas motorizações têm nos fabricantes locais. No entanto, até nesta nação começa a ser cada vez mais frequente a crítica a estes propulsores, o que voltou agora a acontecer através do Ministro dos Transportes locais. Para demonstrar que não existe efetivamente um ganho ambiental mesmo com os novos diesel “mais limpos”, este membro do executivo recordou que no último ano a média das emissões dos motores a gasóleo foi de 128g/km de CO2, contra as 129 g/km dos blocos a gasolina.

Entre as razões para esta similaridade está o facto dos diesel comercializados serem mais pesados e de maior cilindrada, com o ministro germânico a referir ainda que a diferença entre motores a gasolina e gasóleo tem estado estável na última década. Estes números refutam, no entanto, a ideia partilhada por alguns sectores de que a tecnologia que tem estado no olho do furacão desde o Dieselgate é essencial para baixar as emissões de dióxido de carbono e cumprir as metas ambientais comunitárias. Um membro do partido ecologista alemão referiu até que “é um mito dizer que os diesel ajudam a proteger o clima. Estes motores desperdiçam as possíveis vantagens que podiam trazer para o ambiente ao serem habitualmente montados em carros mais pesados e potentes”.

É preciso recordar, além disso, que as emissões de CO2 não são o único motivo de crítica aos diesel. Embora não tenha sido referido pelo Ministro e não tenham sido revelados dados, é preciso notar que outro dos motivos para o “apertar da malha” aos diesel está nos valores mais elevados de NOx, um gás com efeitos nocivos para a saúde e que tem sido associado a milhares de mortes prematuras por problemas respiratórios em solo europeu.

Fonte: Automotive News