Esta estratégia pretende também que o Grupo alcance as metas de emissões exigidas na Europa e nos EUA, algo que, de resto, esteve inerente à própria produção do elétrico 500e, nos EUA, um carro que o próprio Marchionne assumiu que dava prejuízo ser montado.
Marchionne deixa, assim, ao novo presidente da FCA, o britânico Mike Manley (54 anos) até aqui responsável pela Jeep, um plano que visa que as siglas da FCA (que incluem a Jeep) tenham no seu portefólio europeu veículos híbridos (sobretudo) ou elétricos que valham entre 15 a 20% das vendas do Grupo dentro de quatro anos. Embora não seja uma meta muito ambiciosa, atendendo ao historial da FCA neste domínio da eletrificação, esta quota representa um desafio exigente a este Grupo industrial.
A gama Fiat 500 será aquela na qual os híbridos e os puros elétricos mais prevalecerão. Haverá um 500 Giardiniera EV (que recupera, portanto, o nome histórico Giardiniera) e o 500 X deverá ganhar uma proposta plug-in.
A Maserati, por exemplo, terá quatro modelos ou versões de modelos 100% elétricos até 2022 (o Alfieri, quer o coupé, quer o cabrio, serão dois exemplares), para além de oito PHEV. Ao definir este rumo também elétrico para o construtor com o símbolo do tridente, o intuito é ir buscar clientes que, agora, são da Tesla.
Integrado neste esforço de eletrificação, a Jeep não ficará excluída, recebendo 10 PHEV e 4 BEV, até 2022.Ou seja, depois de ter conseguido colocar no currículo a recuperação do Grupo Fiat de uma possível insolvência, Marchionne tentava agora convencer parceiros industriais de peso (GM e VW foram falados) para relançar a empresa, apontando ao futuro com uma aposta mais séria nos elétricos.
Paulo Marmé/Watts On
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