Desde 2018 que os postos de combustível na União Europeia (UE) são obrigados a ter diversos códigos presentes nas mangueiras ou nas bombas de combustível, identificando cada um dos diferentes combustíveis. No entanto, sabe o que quer dizer cada um desses códigos, os quais também podem ser encontrados nos bocais de enchimento de combustível dos automóveis?

Símbolos como B7, B10, B15, E5 e E10 estão presentes nas mangueiras de abastecimento em todos os Estados-membros da União Europeia desde 2018 e também no tampão de abastecimento dos veículos produzidos posteriormente a este ano, com o objetivo de harmonizar a identificação dos combustíveis a nível europeu.

Ao gasóleo é atribuída a letra ‘B’ dentro de um quadrado, enquanto à gasolina é atribuída a letra ‘E’ dentro de um círculo, enquanto os números que lhes sucedem dizem respeito à percentagem de biocombustível incorporado nos combustíveis fósseis. Ou seja, o B7 significa que o gasóleo contém 7% de biocombustíveis incorporados e o E5 explica que a gasolina contém 5% de biocombustíveis incorporados.

A substituição direta de combustíveis fósseis por biocombustíveis líquidos de resíduos e outros avançados permite reduzir as emissões de gases com efeito de estufa na ordem dos 83% face ao gasóleo, de cerca de 80% relativamente à gasolina. Por este motivo, a União Europeia debate a possibilidade de aumentar o valor mínimo exigido de B7 para B10 e de E5 para E10, como forma de reduzir o impacto ambiental dos transportes, sendo esta também uma das pretensões para assim atingir uma menor pegada ambiental por parte deste setor.

Para Ana Calhôa, Secretária-Geral da Associação de Bioenergia Avançada (ABA), “os biocombustíveis são uma solução imediata e mais sustentável para dar resposta às metas de descarbonização propostas pela União Europeia até 2030 e 2050, dado que estão disponíveis hoje para ser utilizados em qualquer veículo. Além disso, promovem a economia circular de resíduos que são utilizados como matérias-primas na sua produção. Neste sentido, acreditamos que é fundamental aproveitar e maximizar o potencial desta solução que nos poderá levar à neutralidade carbónica ainda antes do previsto”.

Atualmente, na Europa, países como Países Baixos, Dinamarca, França, Áustria e Finlândia já recorrem a uma maior taxa de incorporação de biocombustíveis.

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