Ficar apeado na estrada com o carro elétrico por ter a bateria descarregada não é agradável e pode até representar uma ameaça à sua segurança. Mas há algo mais em risco…

Uma das características menos positivas dos carros 100% elétricos é a capacidade limitada das baterias que equipam alguns modelos, problema na origem de um fenómeno que dá pelo nome de “range anxiety”, expressão inglesa para ansiedade da autonomia. E que está também relacionado com a imprevisibilidade da rede de carregamento, que é ainda escassa.

Para o condutor de um automóvel elétrico com a necessidade urgente de reabastecer a bateria, a hipótese de encontrar um posto de carregamento livre ou funcional é sempre uma fonte de preocupação.

Quando tudo corre mal, por distração ou simples erro de cálculo, ficar parado na estrada não é só um contratempo indesejado, mas também um perigo para a segurança… e para a carteira!

Ficar apeado na via pública sem combustível não é considerada uma avaria, mas sim um comportamento negligente por parte do condutor, que não tomou as medidas necessárias para garantir que a deslocação pudesse concluir-se sem incidentes. O mesmo acontece com um carro elétrico que, por alguma razão, ficou com a bateria descarregada antes de chegar ao destino.

Mas se a imobilização do veículo numa estrada secundária não constitui uma infração ao Código da Estrada (desde que a viatura não represente perigo para os outros utilizadores da via e esteja impecavelmente sinalizada), ficar sem andar a meio de uma autoestrada, onde é proibido parar ou estacionar, pode dar direito a multa entre 120 a 600 €, dependendo da interpretação das autoridades no local.

Sem carregador por perto, o que fazer agora?

A Assistência em Viagem ACP disponibiliza o serviço que permite aos sócios carregar as baterias dos automóveis no local onde se encontram, evitando assim que os condutores fiquem dependentes do reboque.

O serviço permite aos automobilistas prosseguirem a viagem até ao posto de carregamento mais próximo ou até chegarem a casa. São carrinhas equipadas com “desempanadores” móveis movidos com geradores que fornecem carga ao veículo.

O objetivo, porém, não é carregar 100% da bateria, mas abastecê-la com 30 minutos de energia para assegurar a mobilidade do automóvel até um posto mais próximo.

Outras seguradoras já disponibilizam serviços semelhantes, que vão do envio de reboque para a deslocação até ao ponto de carregamento, até ao recarregamento no local a partir de uma segunda viatura elétrica, o conceito V2V que permite manter a lógica de mobilidade verde na sua totalidade.