Conhece o “flat spot” dos pneus? A Continental explica o que é e como pode evitá-lo durante a quarentena

29/04/2020

O confinamento provocado pela covid-19 pode causar danos consideráveis no estado os pneus do veículo, imobilizados durante longos períodos. O falso redondo do tipo “flat sport” é um desses riscos. E a Continental explica as melhores práticas para o evitar.

A imobilização dos veículos, devido à quarentena, provocada pelo novo coronavírus, pode causar danos aos pneus do veículo, como já referimos em artigos anteriores.

Desta feita, a Continental Pneus Portugal decidiu alertar os automobilistas para os pneus com falso redondo, deixando recomendações e conselhos sobre o que fazer em caso de “flat spot”. Para quem não sabe, “um falso redondo do tipo ‘flat spot’ resulta da deformação do pneu na zona de contacto entre o pneu e o solo, causada pela ação da carga do veículo durante um estacionamento prolongado”, explica o fabricante. “Os fatores principais que influenciam um falso redondo do tipo ‘flat spot’ são o período de tempo em que os pneus estão parados, sob carga, o nível de deflexão (pressão de enchimento versus carga), a temperatura ambiente e a temperatura do pneu”, conta.

“Quando o veículo inicia a marcha, após um estacionamento prolongando, os pneus com falsos redondos, do tipo ‘flat spot’, podem repercutir vibrações, ampliar frequências e originar ruído. Na generalidade das situações, o pneu recupera a sua forma original após percorrer uma curta distância”, acrescenta a marca.

Este tipo de deformação pode ter dois tipos: “temporário e semipermanente”, adianta a Continental. “O ‘flat spot’ temporário ocorre da combinação de uma condução a velocidades elevadas imediatamente antes de um período de estacionamento prolongado, ou em temperaturas ambiente altas. Este tipo de ‘flat spot’ desaparece normalmente depois de se percorrer uma distância curta, já que os pneus atingem a temperatura de utilização e retomam a sua forma inicial”, afirma. Já o ‘flat spot’ semipermanente, por sua vez, “ocorre quando o veículo está estacionado durante um período que se prolonga por várias semanas ou meses, principalmente quando combinado com altas temperaturas e/ou pressões de enchimento baixas, que podem criar um ‘flat spot’ bastante acentuado”, acrescenta a mesma fonte.

Como evitar “flat spot”

Neste contexto, a Continental Pneus Portugal deixa algumas dicas sobre a melhor forma de evitar este problema. Se o “flat spot” for temporário? “Não conduza com pneus com pressão insuficiente ou excessiva. Os pneus com pressão desadequada são mais sensíveis a ‘flat spot’; aumente a pressão de enchimento dos pneus, de acordo com as recomendações do fabricante do veículo, se tencionar percorrer longas distâncias a altas velocidades com cargas pesadas”, explica. E continua. “Um ligeiro aumento (+0,2 Bar) na pressão de enchimento dos pneus conduzirá a uma temperatura mais baixa de utilização e, consequentemente, a uma menor deflexão do pneu, o que reduzirá a ocorrência de “flat spot”. É fundamental não ultrapassar as pressões de enchimento a frio recomendadas pelo construtor automóvel”, refere.

Caso tencione ter o veículo estacionado durante um longo período de tempo, “pode aumentar ligeiramente as pressões de enchimento (+0,2 Bar), para ajudar a reduzir a deflexão e, consequentemente, as ocorrências de “flat spot’”. Mas se esta deformação se “mantiver e a vibração do veículo não desaparecer depois de percorrer uma distância curta, aconselhamos a deslocação a uma oficina para que sejam efetuados os procedimentos de verificação do estado dos pneus”, aconselha o fabricante.