Assim, de acordo com indicações dadas pela própria concessionária, ir de Lisboa ao Porto de carro pela A1 irá custar mais 45 cêntimos, enquanto o percurso de Lisboa para o Algarve pela A2 terá um aumento de 25 cêntimos, o mesmo valor que será refletido igualmente na autoestrada A6 que liga Marateca a Caia.
A A3, que liga Porto a Valença, também ficará mais cara, na ordem dos 20 cêntimos, enquanto as taxas das vias consideradas urbanas terá alguns aumentos de 5 cêntimos, por exemplo, na A9 (CREL) e na A4 (Porto-Amarante).
Nos termos da legislação em vigor, a atualização das taxas de portagem reflete-se em valores múltiplos de cinco cêntimos. Este método de atualização traduz o mecanismo de arredondamento das taxas de portagem para o múltiplo de cinco cêntimos mais próximo, o que implica, em termos práticos, atualizações não homogéneas.
Existem, por isso, casos de taxas de portagem que apresentam uma variação inferior à média ou mesmo nula, sendo que, noutros casos, as taxas de portagem apresentam uma variação superior à média, por não terem sido objeto de atualização em anos anteriores. Neste sentido, o aumento médio para todas as classes de veículos e todos os trajetos é estimada em 1.47%, valor que tem como referência, conforme legalmente estipulado, a taxa de inflação homóloga – continente sem habitação – de outubro.
Para a classe 1, apenas 28 das 93 taxas de portagem serão atualizadas. É relevante salientar que para a maioria dos principais percursos, o impacto das atualizações é mínimo.Investimento de 64 milhões a caminho
Além da clarificação sobre as taxas de portagem a pagar em 2018, a Brisa Concessão Rodoviária anunciou, igualmente, a realização de um investimento de 64 milhões de euros na melhoria da sua rede. Esse valor é superior em 10% ao executado em 2017, destinando-se à realização de obras para “melhoria dos níveis de serviço prestado, ao nível da segurança e conforto de quem viaja nas autoestradas”.
Dos investimentos previstos para 2018 destacam-se, o alargamento da A4 – Porto/Amarante, entre Águas Santas (A3/A4) e Ermesinde, e as beneficiações de pavimento dos sublanços Leiria – Pombal (A1), Coimbra Norte (A1/A14) – Mealhada (A1) e Almada – Fogueteiro (A2).
Aquela entidade destaca, também, o seu papel enquanto “um dos principais dinamizadores do setor das obras públicas, em Portugal, com investimentos anuais superiores a 60 milhões de euros”.