A entrada no novo ano vai trazer consigo um aumento nas taxas de portagem no valor médio de 1,47%, embora a concessionária Brisa já tenha informado que manterá o valor na sua rede em cerca de 70% das suas taxas de Classe 1, aquela que é a mais representativa. A Brisa refere que apenas em 30% das suas portagens haverá um aumento no preço pagar para os veículos de Classe 1.

Assim, de acordo com indicações dadas pela própria concessionária, ir de Lisboa ao Porto de carro pela A1 irá custar mais 45 cêntimos, enquanto o percurso de Lisboa para o Algarve pela A2 terá um aumento de 25 cêntimos, o mesmo valor que será refletido igualmente na autoestrada A6 que liga Marateca a Caia.

A A3, que liga Porto a Valença, também ficará mais cara, na ordem dos 20 cêntimos, enquanto as taxas das vias consideradas urbanas terá alguns aumentos de 5 cêntimos, por exemplo, na A9 (CREL) e na A4 (Porto-Amarante).

Nos termos da legislação em vigor, a atualização das taxas de portagem reflete-se em valores múltiplos de cinco cêntimos. Este método de atualização traduz o mecanismo de arredondamento das taxas de portagem para o múltiplo de cinco cêntimos mais próximo, o que implica, em termos práticos, atualizações não homogéneas.

Existem, por isso, casos de taxas de portagem que apresentam uma variação inferior à média ou mesmo nula, sendo que, noutros casos, as taxas de portagem apresentam uma variação superior à média, por não terem sido objeto de atualização em anos anteriores. Neste sentido, o aumento médio para todas as classes de veículos e todos os trajetos é estimada em 1.47%, valor que tem como referência, conforme legalmente estipulado, a taxa de inflação homóloga – continente sem habitação – de outubro.

Para a classe 1, apenas 28 das 93 taxas de portagem serão atualizadas. É relevante salientar que para a maioria dos principais percursos, o impacto das atualizações é mínimo.

Investimento de 64 milhões a caminho

Além da clarificação sobre as taxas de portagem a pagar em 2018, a Brisa Concessão Rodoviária anunciou, igualmente, a realização de um investimento de 64 milhões de euros na melhoria da sua rede. Esse valor é superior em 10% ao executado em 2017, destinando-se à realização de obras para “melhoria dos níveis de serviço prestado, ao nível da segurança e conforto de quem viaja nas autoestradas”.

Dos investimentos previstos para 2018 destacam-se, o alargamento da A4 – Porto/Amarante, entre Águas Santas (A3/A4) e Ermesinde, e as beneficiações de pavimento dos sublanços Leiria – Pombal (A1), Coimbra Norte (A1/A14) – Mealhada (A1) e Almada – Fogueteiro (A2).

Aquela entidade destaca, também, o seu papel enquanto “um dos principais dinamizadores do setor das obras públicas, em Portugal, com investimentos anuais superiores a 60 milhões de euros”.