FOTO João Pimentel Ferreira/Wikimedia Commons CC-BY 3.0
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
À medida que o número de utilizadores de automóveis elétricos não pára de crescer, aumenta também a pressão sobre os equipamentos públicos usados para recarregar as baterias dos veículos. E a falta de acesso oportuno a estes carregadores da rede Mobi.e está a deixar cada vez mais utentes descontentes, fazendo disparar a quantidade de queixas.
O Portal da Queixa recebeu 110 reclamações relativas a problemas com a rede Mobi.e entre abril de 2016 e março de 2019, mas a maioria foi recebida nos últimos 12 meses, período no qual estas saltaram na ordem dos 266%, ou seja, quase quadruplicaram em relação aos 12 meses anteriores.
As reclamações mais constantes são as de avaria do carregador, em que não é possível visualizar quaisquer dados no ecrã do mesmo nem transferir energia para o automóvel, ou da falta de disponibilidade do mesmo. Não é incomum encontrar automóveis com motores convencionais estacionados ilegalmente junto aos postos de carregamento ou utilizadores de carros elétricos que simplesmente deixam a viatura estacionada horas depois de terem a bateria carregada ou mesmo sem ligarem o carro à rede elétrica. Em todo o caso, o número de postos instalados nos grandes centros urbanos é manifestamente reduzido face à procura do público.
De acordo com o Portal da Queixa, a resposta da Mobi.e tem deixado muito a desejar. Das mais de 100 reclamações recebidas, a responsável pelos postos públicos de carregamento respondeu apenas a 1,1%, deixando os utilizadores ainda mais insatisfeitos. Entretanto, o Governo pretende diversificar a oferta no setor do fornecimento de energia para automóveis elétricos, com a instalação de 100 novos postos de carregamento para este ano.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador