Publicidade Continue a leitura a seguir

Sobreviver à crise dos combustíveis? Nós ajudamos!

Abasteça com tempo A primeira dica da DECO vai no sentido de evitar corridas de última hora às estações de serviço. Dois ou três dias antes do dia anunciado para o início da greve ateste o seu automóvel, preocupe-se em praticar um estilo de condução eficiente e o utilizar o automóvel apenas quando estritamente necessário. Planeie as viagens mais longas, prevendo com a exatidão possível qual será o consumo de combustível. «Durante a paralisação, se for declarada uma crise energética, todos os postos de abastecimento são obrigados a afixar em local bem visível a lista de postos de emergência onde poderá encontrar combustível». A lista também em www.deco.pt
Armazenar é proibido O recurso a jerricãs ou qualquer outro tipo de recipiente para armazenar combustível para enfrentar os dias de greve é desaconselhado. A prática é proibida e extremamente perigosa, devido ao risco de libertação de vapores e inflamação, armazenar nas arrecadações dos prédios combustíveis líquidos. A DECO ainda informa que «quem não respeitar as regras pode ser punido com coima de € 275 a € 2750 euros, no caso de pessoa singular, ou até € 27.500, no caso de pessoa coletiva, sem prejuízo de responsabilidade civil e criminal». E deixa o aviso: «Caso detete um forte cheiro a combustível, deve contactar as autoridades policiais, uma vez que o risco de incêndio é real».
Jerricãs na mala do carro? Lembre-se que só é permitido utilizar jerricãs homologados para o transporte de combustível num automóvel particular. E com regras: A quantidade permitida sem ter de pagar imposto está estipulada na lei. “Considera-se forma de transporte atípica o transporte de combustível que não se encontre no reservatório de um veículo, ou num recipiente de reserva apropriado, até ao limite de 10 litros, bem como o transporte de produtos líquidos para aquecimento que não seja efetuado em camiões-cisterna utilizados por operadores profissionais”, pode ler-se no artigo 61º do Código dos Impostos Especiais de Consumo. Quem não respeitar as regras incorre numa coima entre 750 e 2250 euros. No caso das pessoas coletivas, a coima varia entre 1500 e 4 500 euros».
Trabalhar em casa Se agosto para si não é de férias e a sua atividade profissional pode ser desempenhada a partir de casa, explore essa possibilidade. As greves não servem como justificação de falta, mas tente perceber com a sua entidade patronal se há margem para negociar nesse sentido.
Emergências Outra das áreas abrangida pelo regime de exceção é a da saúde. Os serviços mínimos garantem o funcionamento do sistema de emergência médica, mas consultas menos urgentes já marcadas para as datas da greve devem ser remarcadas. Confirme se tem consigo medicamentos em quantidade necessária, para que não tenha de arriscar nos dias de paralisação.
Alimentação Para evitar deslocações extra, abasteça despensa e frigorifico com tempo. «Aposte em produtos com uma duração mais alargada, para evitar o desperdício de alimentos. Se comprar produtos frescos, como verduras e fruta, deve consumi-los em primeiro lugar, para não se estragarem», explica a DECO.
Transportes públicos a salvo Boa notícia: fonte do Governo garantiu serviços mínimos para os dias de greve, que incluem o abastecimento dos depósitos da rede de transportes públicos. Ainda assim, a DECO avança com outra sugestão: «Outra alternativa é partilhar viagens. Existem várias plataformas online que põem em contato condutores e passageiros que querem viajar para o mesmo destino e dividir as despesas – BlaBaCar, Via Verde Boleias ou Boleia.net, por exemplo. Carros e scooters elétricas partilhadas, como DriveNow, Emov e Ecoltra, são mais uma opção”.

Publicidade Continue a leitura a seguir

O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) recusou a proposta colocada pelo ministro das Infra-Estruturas e Habitação no início da semana, confirmando que o aviso de greve é para manter!

Assim, a partir de dia 12 de agosto, aqueles profissionais deverão parar, por tempo indeterminado, até que a Antram, representante das empresas do setor, responda às exigências dos sindicatos. Ate lá, o abastecimento de combustíveis e de outras mercadorias fica seriamente ameaçado, uma vez que a paralisação deverá afetar também o abastecimento às grandes superfícies.

O vice-presidente do SNMMP avisou em entrevista que as consequências desta greve serão mais graves do que as sentidas em abril, podendo «faltar alimentos e outros bens nos supermercados».

Para ajudar a enfrentar este autêntico cenário de crise, a Deco (Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor) publicou uma espécie de manual de sobrevivência, com dicas que deve cumprir para não ser surpreendido nos dias de greve.