O consumo a mais de óleo num motor turbo face a um motor atmosférico não depreende problemas mecânicos, mas decorre da própria natureza dessa solução.
Ou seja, um turbocompressor aumenta a quantidade de ar incorporada nos cilindros em cada ciclo de admissão e, com isso, geram-se combustões mais intensas devido à maior presença de oxigénio.
Essa é a fórmula para se obter maior potência a partir de um motor sobrealimentado, mas um dos efeitos colaterais é o maior desgaste sobre os segmentos na cabeça dos pistões, mais concretamente nos anéis que vedam os segmentos.
Com o processo de combustão a decorrer de forma mais intensa, os anéis perdem alguma da sua eficácia e deixam passar óleo para a câmara de combustão, 'queimando' juntamente com o combustível, num fator que tende a agravar-se com o passar dos anos e em casos de manutenção descuidada.
Mas, outra razão associada prende-se com a temperatura dos gases de escape utilizados para ativar o turbocompressor, o que nos futuros modelos com turbocompressores de ativação elétrica tenderá a deixar de ser um problema. Porém, nos que equipam a larguíssima maioria dos carros atualmente na estrada, a questão do óleo é premente.
Recorde-se que um turbo funciona com gases de escape que têm por missão fazer girar uma turbina, a qual, por seu turno, faz girar uma outra turbina que absorve ar fresco atmosférico, fá-lo passar por um intercooler e o 'injeta' na admissão do motor, mais denso e com mais moléculas de oxigénio, podendo dessa forma gerar mais potência.
Ora, esta ação do turbo, lidando com gases de escape, aumenta a temperatura da primeira turbina, cabendo ao óleo do motor a tarefa de o arrefecer. Não obstante, uma parte do óleo evapora, pelo que os condutores devem ter especial atenção ao nível do óleo presente no motor.
Por isso, recomenda-se uma verificação regular do nível do óleo no motor e o correto funcionamento de todos os elementos do turbo. Além disso, como nota adicional, para assegurar um correto funcionamento do mesmo, depois de uma viagem longa, não desligue logo o motor. Deixe-o repousar por cerca de 15-20 segundos.
A adição dos turbocompressores é uma das medidas mais comuns entre os fabricantes atuais para melhorar as prestações e aumentar a eficiência dos motores de baixa cilindrada. Os últimos anos, aliás, trouxeram diversos motores de pequena cilindrada munidos com turbocompressores numa medida pensada para reduzir as emissões poluentes.
Mas, uma das dúvidas mais comuns deste tipo de solução diz respeito ao gasto de óleo associado a estes motores. E é mesmo verdade, um motor turbo tende a contar com um maior consumo de óleo e as razões são diversas.
Neste sentido, até precavendo o natural desgaste dos componentes, há companhias de óleo que se dedicam à investigação e desenvolvimento de óleos específicos para utilização nos veículos com motores turbo de última geração.
Leia na galeria porque é que tal acontece.
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