Portugueses têm cada vez mais carros mas são cada vez mais velhos

24/01/2018

Créditos: José Mota/Global imagens
Há cada vez mais carros em Portugal, mas a idade do parque automóvel circulante está também a aumentar, de acordo com o estudo realizado pelo Observatório ACP, que dá conta de uma prevalência cada vez maior de carros com idade superior a dez anos.

Assim, segundo o estudo, efetuado por aquele organismo independente (embora inserido no Automóvel Club de Portugal (ACP), que inquiriu 6560 inquéritos entre abril e julho de 2017, um total de 90% das respostas indica que tem pelo menos um carro no seu agregado familiar, sendo também de salientar que 65% dos agregados familiares terem dois ou mais veículos.

Ou seja, existe uma média de 1,89 viaturas por agregado e uma taxa de motorização de 459 veículos por cada 1000 habitantes. Não deixa de ser, também, muito relevante a condição de já existirem 11% de agregados com quatro ou mais automóveis, enquanto os que possuem três veículos totalizam 17%. Por tipologia, os ligeiros representam 70% do parque circulante, havendo uma clara predominância dos utilitários (46,4%), secundados pelas berlinas e carrinhas, com os SUV a ficarem na terceira posição entre os veículos mais utilizados, com 9%.Quanto a motociclos, existe um total de 8% por cada agregado familiar (6,7% de motos e 1,3% de ciclomotor até 50 cm3).

Em termos etários, cada carro em Portugal tem em média 9,3 anos, com mais de 40% do parque automóvel a ter mais de dez anos, o que comprova, de acordo com o estudo, “a vetustez do nosso parque automóvel e a potencialidade para a sua renovação, logo que as condições económicas das famílias o permitam”.

No entanto, a vida útil dos automóveis é prolongada o mais possível, o que é confirmado não só pelo elevado número médio de quilómetros acumulados por veículo (cerca de 111 mil quilómetros), mas também pelo facto de os carros com dez e mais anos ultrapassarem os 150 mil quilómetros. Outra prova desta conclusão está no número de revisões efetuada no ano anterior, ou seja, 2016: 67% dos inquiridos fizeram uma revisão e 15% duas.

Quanto ao tipo de combustível utilizado, a amostra do inquérito revela que Portugal continua a ser um país ‘ligado’ ao Diesel, com 58% das respostas a apontar nesse sentido, ao passo que a gasolina representa 40,1% das respostas. Quanto aos híbridos, apenas 1,1% das respostas foram nesse sentido.

De resto, a principal preocupação dos agregados familiares no que diz respeito ao automóvel prende-se a com a falta de estacionamento junto ao local de residência: 31% não tem estacionamento próprio e estaciona na via pública.