Em ambos os domínios, a decisão dos títulos – Taça Mundial FIA de Bajas e Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno AM 48 – permite antever luta empolgante até ao derradeiro quilómetro da prova do ACP, marcada ainda por algumas estreias e regressos de monta.
A baja alentejana, considerada, muito justamente, como a grande festa do todo-o-terreno nacional, é uma prova extensa, dura por tradição e particularmente seletiva. Atributos de peso para decidir quem vai ser o novo campeão e suceder a João Ramos.
Um ano volvido, a história repete-se e Portalegre volta a ser palco de uma luta a quatro para a conquista do ambicionado título nacional.
No ano do regresso a tempo inteiro à competição, quase uma década volvida, o aveirense Alexandre Ré (VW Amarok) está em posição privilegiada após as quatro provas realizadas e que tiveram igual número de vencedores, numa clara afirmação da competitividade do CPTT/AM 48.
O piloto nortenho tem uma vintena de pontos de vantagem para Tiago Reis (Mitsubishi Racing Lancer), vencedor da última prova, a Baja de Idanha-a-Nova, e para Pedro Dias da Silva (Ford MO EXR05).No entanto, e dado o facto de contarem quatro das cinco pontuações contabilizadas, as contas são mais complicadas e a diferença acaba por ser menos significativa entre Ré e Reis.
Mais distante está André Amaral (Ford Ranger). Apesar de mais consistente esta temporada, o piloto da Ford Ranger tem hipóteses meramente aritméticas para chegar ao título.
Mas, certamente que João Ramos (Toyota Hilux) quer despedir-se do título com um resultado que faça esquecer uma época menos positiva em que conseguiu apenas um triunfo – Baja de Loulé –, algo que se aplica igualmente a Nuno Matos (Fiat Full Back Proto) , que começou a temporada a vencer (Baja do Pinhal).
Regressos em tempo de estreias
Outras estreias na hora do regresso são protagonizada por Hélder Oliveira; Miguel Barbosa e Ricardo Porém,
O piloto de Barcelos alinha num Mini All4 Racing, igualmente integrado na estrutura da MRacing, que conta ainda, entre os out-siders, com Luis Recuenco (Min All4 Racing) e Paulo Rui Ferreira (Toyota Hilux).
O pluricampeão nacional, que conta com três vitórias na Baja Portalegre 500 (2002, 2003 e 2007), alinha ao volante de um Toyota Hilux da Overdrive na hora do regresso ao todo-o-terreno.
Autor de proeza única – quatro triunfos consecutivos (2014 a 2017), Ricardo Porém, «motivado para fazer uma grande prova», regressa a Portalegre para fazer a estreia com um Borgward BX7 DKr Evo, integrado na mesma equipa de Joan Roma. O vencedor do Dakar impôs-se o ano passado na prova do ACP e é um dos nomes sonantes do valioso plantel estrangeiro.
A baja criada pelo saudoso José Megre é decisiva para atribuição da Taça do Mundo FIA e do troféu da categoria T3.
O título FIA vai ser discutido por um trio de pilotos. após sete provas, o russo Vladimir Vasilyev (Toyota Hilux Overdrive) é lider com 112 pontos: seguido pelo argentino Orlando Terranova (111 pontos) e pelo polaco Jakub Przygonski (109 pontos), ambos em John Cooper Works Rally da estrutura alemã X-Raid.
Entre os inscritos, figuram ainda Boris Garafulic (John Cooper Works Rally); Grégoire de Mévius (Toyota Hiluix Overdrive) e Marcos de Moraes (VW Amarok) e os chineses Wang Jing e Chen Feng, ambos em VW Off Road.
No Troféu T3, liderança de outro piloto russo — Fedor Vorobyev, com 132 pontos, seguido pelo italiano Michele Cinotto (110).
Ente os portugueses, figuram igualmente na lista de inscritos Miguel Casaca (Mitsubishi CCX Proto), Alexandre Franco (BMW X1 Proto), César Sequeira (Mini Paceman); Edgar Condenso (Opel Mokka Proto), Nuno Madeira (Kia Sportage), Lino Carapeta (Évoque Proto).
Em aberto está ainda a atribuição do título nacional da categoria T2. Nuno Corvo (Nissan Pathfinder) é líder, repartindo os triunfos (dois) com Georgino Pedroso (Isuzu D-Max).
Em relação ao T8, o portalegrense João Rato (Bowler Wildcat) faz a festa de consagração em casa.
Programa
A estrutura da Baja Portalegre 500 não difere do que tem sido nos últimos anos: a cerimónia de partida está marcada para o centro de Portalegre na 5.ª feira, dia 24 de outubro (21.30 horas).
No dia seguinte (sexta feira), o prólogo (5,35 km) na herdade das Coutadas tem início às 10.30 horas. A partida para o 1.º setor cronometrado (99,92 km) é dada de Ponte de Sor (14.35 horas).
O último dia (sábado) começa cedo – 6.20 horas – e é preenchido com dois setores seletivos: o primeiro, com 191,75 km, a partir das 7.50 horas; o segundo, na extensão de 211,78 km, com arranque às 13.45 horas.
Ao todo, 508,10 km ao cronómetro
A cerimónia do pódio está prevista para as 17.45 horas.
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