Rali de Castelo Branco: Armindo Araújo soma e segue

05/07/2020

armindo Araújo e Luís Ramalho (Skoda fabia) conquistaram o segundo triunfo consecutivo da temporada
A história repetiu-se no regresso do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR) após o desconfinamento: a dupla Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia) repetiu o triunfo conquistado em Castelo Branco o ano passado e manteve a invencibilidade na temporada em curso, após uma prova que teve pódio idêntico ao do rali de abertura de época, em Fafe e Felgueiras: Bruno Magalhães (Hyundai i20) terminou no 2.º lugar, a 7,1 segundos; o atual campeão nacional Ricardo Teodósio (Skoda Fabia) foi 3.º classificado, com mais 43,0 segundos.

Líder da 1.ª á última classificativa, Armindo Araújo suportou dura luta ao longo da etapa inicial com dois dos mais fortes adversários e terminou o dia com 1,1 segundos de vantagem para José Pedro Fontes (Citroën C3) e 4,2 segundos face a Bruno Magalhães (Hyundai i20).

Suspensão atrasou José Pedro Fontes

Com triunfos repartidos nas classificativas – uma vitória para cada – antevia-se escaldante – tal como a temperatura atmosférica registada – a luta pelo triunfo na derradeira etapa.

No entanto, a luta a três cedo passou a duelo: logo na 4.ª especial, José Pedro Fontes teve problemas de suspensão no Citroën C3 e perdeu 32,1 segundos. As esperanças do piloto da Sports 6 You numa vitória caíam por terra, devido à quebra de um apoio do braço de suspensão traseiro direito. Um percalço que ditou perda de mais de 30 segundos para o líder, fosso que se agravou ainda mais na especial seguinte, dado que, a visita ao parque de assistência só se daria ao final da manhã.

«Num corte de curva, tocámos em alguma coisa e o apoio da suspensão cedeu e senti de imediato que algo não estava bem«, explicou José Pedro Fontes, que venceu uma classificativa, quando voltou a ter o C3 em condições. Apesar de todo o empenho, terminou no 10.º lugar,

Na frente, Armindo Araújo entrou ao ataque e ganhou10,5 segundos a bruno Magalhães, margem recuperada à entrada para a derradeira especial.

«Podíamos ter imposto um ritmo mais elevado para tentar vencer a power stage, mas preferimos não correr qualquer risco que colocasse em causa a vitória», referiu Armindo Araújo no final.

Com duas provas e igual número de vitórias em tipos de pisos diferentes, o piloto de Santo Tirso sublinhou o trabalho eficaz da Racing Factory:

«A equipa preparou-me um carro que me deu toda a confiança para lutar pela vitória. Fizemos um bom teste antes do rali, mas não sabíamos como estaríamos posicionados em relação aos nossos adversários».

O rali, realizado de acordo com plano de contingência imposto pela DGS, mereceu, neste capítulo, elogios do vencedor, «à Escuderia, à FPAK, pelo esforço que fizeram em manter o rali, e a todas as equipas presentes e público, pelo civismo e comportamento exemplar».

Bruno Magalhães promete continuar na luta

Apesar do segundo lugar não ser o resultado mais ambicionado, Bruno Magalhães saiu de Castelo Branco muito contente com o regresso da modalidade à estrada.

Bruno Magalhães (Hyundai i20)) assinou o 2.º lugar

«Foi um rali extremamente competitivo. Acho que foi o regresso perfeito dos ralis. A organização fez um trabalho excelente e nós, pilotos e equipas, cumprimos, penso, na perfeição. Acho que foi um enorme sucesso e mostrámos a toda a gente que o desporto automóvel pode ser uma referência».

Quanto ao desfecho, o piloto do Team Hyundai Portugal referiu que «foi o o resultado possível. Lutámos pela vitória, mas infelizmente não conseguimos ganhar. Mas, vamos continuar na luta», prometeu.

Sabor a pouco para Ricardo Teodósio

Com o terceiro lugar conquistado, Ricardo Teodósio não escondeu que queria mais e confessou que «tivemos um rali atípico. Não estávamos à espera que fosse assim, mas, por vezes, infelizmente,acontece. Nos últimos dois troços uma peça do carro estragou-se, ou havia algo que não estava em condições, e o carro não andava», referiu o campeão nacional. «Foi o melhor que se pôde fazer. O terceiro soube a pouco«, acrescentou.

Ricardo Teodósio (Skoda) completou o pódio

Pedro Meireles (Volkswagen Polo R5) e João Barros (Citroën C3 R5) completaram o lote dos cinco primeiros, seguidos por Miguel Correia e Manuel Castro, ambos em Skoda Fabia R5. Carlos Martins (Citroën DS3) , concluiu a prova em oitavo.

Pedro Meireles (VW Polo) terminou no 4.º lugar

Pedro Antunes estreou, a par de Pedro Almeida, em termos mundiais, o Peugeot 208 Rally4 e terminou na nona posição com o estatuto de melhor concorrente com um carro de duas rodas motrizes.

Outros vencedores

A supremacia de Vítor Pascoal nos RGT, competição em que os Porsche ditam as leis, Vítor Pascoal foi o vencedor e terminou atuação irrepreensível com 2m36s de vantagem sobre Pedro Silva e quase cinco minutos para Paulo Carvalheiro.
Vítor Pascoal (Porsche) dominou no RGT

Nos Clássicos, impôs-se José cruz (Porsche 911 SC0; Pedro Leone (Ford Escort RS Cosworth) e Nuno Mateus (Mitsubishi Lancer Evo IV) completaram o pódio.

Armando Carvalho (Mitsubishi Lancer Evo V) impôs-se no Campeonato Centro: venceu todas as classificativas da prova e chegou ao final com uma vantagem a rondar um minuto sobre Daniel Ferreira (Mitsubishi Carisma).

Classificação(oficiosa)

1.º Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia), 54 m 53,2 s

2.º Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Hyundai i20), a 7,3 s

3.º Ricardo Teodósio/José Teixeira (Skoda Fabia), a 43,0 s

4.º Pedro Meireles/Mário Castro (VW Polo), a 1m 12,4 s

5.º João Barros/Jorge Henriques (Citroën C3), a 2.00,9 minutos

6.º Miguel Correia/António Costa (Skoda Fabia), a 2m 25,1s

7.º Manuel Ccastro/Ricardo Cunha (Skoda Fabia), a 2m 37,5 s

8.º Carlos Martins7José Pedro Silva (Citroën DS3), a 3m 24,8 s

9.º Pedro Antunes/Pedro Alves (Peugeot 208 Rallye 4), a 3m 27,1s

10.º José Pedro Fontes/Inês Fonte (Citroën C3), a 4m 51,0s

Campeonato (classificação oficiosa)

1.º Armindo Araújo, 68,51 pontos

2.º Bruno Magalhães, 50,80

3.º Ricardo Teodósio, 39,76

4.º Miguel Correia, 24

5.º José Pedro Fontes, 21,42

Próxima prova. Rali Vinho da Madeira, dias 6 a 8 de agosto

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