A prova da Escuderia local, a primeira pós-pandemia Covid-19 vai estar na estrada nos próximos dias 4 (sábado) e 5 (domingo) de julho e regista um número recorde de inscritos – 85 – o limite imposto pela organização e atingido antes do final do prazo estabelecido, face às novas diretrizes impostas por questões de ordem sanitária.
Desse modo, não haverá as habituais sessões de qualificação e shakedown, nem a superespecial noturna no centro da urbe albicastrense. O parque de assistência vai estar vedado ao público e não haverá zonas-espetáculo.
Para o diretor de prova, Luís Dias, é um desafio enorme levar por diante a realização do rali:
«Tivemos de mudar uma série de procedimentos e criar condições mais restritivas para poder realizar a prova este ano. Procurámos, juntamente com todas as entidades envolvidas, cumprir, de forma escrupulosa, os requisitos e acreditamos que, com o contributo de todos, vamos ter, certamente, um excelente e emocionante rali».
Para chegar ao maior número de espetadores e contribuindo para o cumprimento das regras de distanciamento, a Escuderia Castelo Branco volta a inovar, com transmissão, através da sua página de Facebook, da primeira PEC, na tarde de sábado, a que se seguirá, à noite, a apresentação do livro «55 Anos – Apontamentos».O Rali de Castelo Branco, com sete classificativas num total de 99,96 km, é pontuável para os Campeonatos de Portugal de Ralis (2.ª prova), Clássicos, Junior e Centro e ainda para o 3º Desafio Kumho Portugal e para o Challenge R2&You.
Entre os 35 inscritos no CPR, destaque par as estreias de João Barros com um Citroën C3 R5 e de André Cabeças, atual campeão Norte, ao volante de um Citroën DS3 R5.
Outras estreias são as de Gil Antunes no Dacia Sendero R4, bem como de Pedro Antunes e Pedro Almeida nos Peugeot 208 Rally 4, uma novidade absoluta.
De regresso está o alentejano Carlos Martins (Citroën DS3 R5), fazendo dupla com José Pedro Silva neste rali em que estão inscritos três Porsche, igual número de duplas espanholas e seis clássicos.
Vencedor da prova de abertura da época – Rali Serras de Fafe e Felgueiras – Armindo Araújo vai agora fazer a estreia em piso de asfalto ao volante do Skoda Fabia R5.
O ano passado, o piloto de Santo Tirso triunfou em Castelo Branco e promete «lutar para repetir a vitória, embora não saibamos, neste tipo de piso, qual será a nossa posição face aos diretos adversários. Por isso, só quando iniciarmos o rali conseguiremos perceber se a nossa adaptação ao Skoda é eficaz», salientou Armindo Araújo.
Ricardo Teodósio quer vencer
Para Ricardo Teodósio, atual detentor do título, este rali «vai ser um verdadeiro teste, em que é necessário o distanciamento, mas também o apoio disciplinado do público. Há limitações para cumprir e temos todos de nos respeitar uns aos outros», sublinhou o piloto do Algarve.
«Quero vencer. Sinto-me bem, os testes foram muito positivos e vamos assistir a uma luta interessante entre os cinco candidatos à vitória. Sempre tivemos bons resultados em Castelo Branco e vamos fazer o nosso papel, que é lutar pela vitória», sublinhou o campeão nacional, que continua integrado na estrutura da ARC Sport.
Bruno Magalhães muito motivado
Forte candidato ao triunfo e à conquista do título nacional, objetivo único do Team Hyundai Portugal, gorado que foi, por sobreposição de datas na sequência do novo calendário do CPR, o programa europeu, Bruno Magalhães mostra-se bastante motivado.
O piloto do Hyundai i20 R5 efetuou testes promissores na preparação do regresso e confessou que «estava com imensas saudades. Penso que fizemos um bom trabalho de afinação», referiu, em jeito de balanço.
Trivencedor do rali da Escuderia – 2014, 2015 e 2017 – José Pedro Fontes vai tentar o 4.º triunfo na prova.
«Quero voltar a vencer e Castelo Branco parece-me um palco ótimo, num campeonato muito diferente daquele que inicialmente preparámos», adiantou o piloto do Citroën C3 R5.
«Apesar de tudo, as nossas metas não foram alteradas pela pandemia. Estamos a postos, trabalhámos muito durante o período de paragem para reunir todas as condições que nos permitam lutar pelo triunfo. Para nós, é um recomeço, pois nada mudou; apenas as datas», acrescentou o piloto da Sports & You.
Com António Costa no banco do lado direito do Skoda Fabia R5, Miguel Correia, sempre em busca dos melhores resultados, sublinhou que «este é um rali rápido, com travagens fortes, para pilotos com experiência. Para mim vai ser, seguramente, um rali de coragem».
Em tempo de estreia com o Skoda Fabia R5 num rali de asfalto do CPR, a dupla Paulo Neto/ Vítor Hugo está muito entusiasmada, ainda que o piloto confessasse:
«Depois dos vícios da tração à frente, o Skoda é mais difícil de aproveitar em asfalto, mas vamos tentar fazer uma prova positiva, num rali que não conheço muito bem».
Programa
Sábado — 4 de julho
16.21 horas — Vilas Ruivas-1 (16,31 km)
17.19 horas — Foz do Cobrão (14,67 km)
18h12 – Vilas Ruivas-2 (16,31 km)
Domingo — 5 de julho
10.48 horas — Dáspera – Sesmo – Salgueiral- 1 (12,24 km)
11.24 horas — Sto. André das Tojeiras-1 – (13,96 km)
14.36 horas -. Dáspera – Sesmo – Salgueiral-2 (12,24 km)
15.09 horas — Sto. André das Tojeiras-2 (13,96 km)
Campeonato reduzido a sete provas
A pandemia Covid-19 causou alteração radical no calendário do CPR, que foi encurtado para sete das provas agendadas.
Após o cancelamento dos ralis de Mortágua e de Portugal, o Terras de Aboboreira, em piso de terra, organizado pelo Clube Automóvel de Amarante, não consta do novo calendário, em que se estreia o CAMI, com o regresso o Alto Tâmega, prova-candidata em 2019.
O CPR passa, assim, a ter maior número de ralis em asfalto(4) em detrimento das provas em piso de terra (3)
3/5 julho — Castelo Branco (asfalto)
6/8 agosto — Vinho da Madeira (asfalto)
29/30 agosto — Alto Tâmega (asfalto)
19/20 setembro — Azores Airlines Rallye (terra)
9/10 outubro — Vidreiro Centro de Portugal (asfalto)
13/15 novembro — Casinos do Algarve (asfalto)
Os pilotos deixam de nomear quais os ralis em que participam e passam a contar os seis melhores resultados.
No Campeonato de Portugal Junior passam a contar as quatro melhores provas de cinco, enquanto nos GT são contabilizadas as cinco melhores pontuações de seis provas.
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