Autêntico ‘relógio suíço’ (ou japonês…), o Toyota vencedor foi superior ao longo de praticamente toda a corrida, com os seus pilotos a exibirem-se a um nível elevadíssimo, não cometendo qualquer erro que pudesse por em causa aquele que veio a ser um grande resultado para a marca nipónica. O carro #7, que já havia estado perto de vencer noutras ocasiões, teve também a ‘fortuna’ pelo seu lado e escapou incólume a eventuais problemas técnicos ou a incidentes que geralmente ‘polvilham’ esta prova com maior emoção.
Já o carro gémeo #8 teve alguns problemas ao longo da prova, mesmo que ligeiros, com a Toyota a conseguir resolver todas as situações sem colocar em causa o resultado de conjunto. O atraso inicial logo na primeira curva fruto de um toque de um dos Glickenhaus acabou por atrasar o carro de Buemi, Nakajima e Hartley, que ficaram em segundo lugar, permitindo à marca japonesa obter um resultado muito celebrado: foi o quarto triunfo consecutivo da Toyota nas 24 Horas de Le Mans.
A Alpine, com André Negrão, Maxime Vaxivière e Nicolas Lapierre, obteve o terceiro lugar final, colocando a bandeira francesa no pódio naquela que foi uma prova muito consistente, embora pautada por alguns erros dos seus pilotos, nomeadamente com os piões de Lapierre na primeira hora de prova e, já na noite, de Vaxivière, que obrigou a uma paragem de pouca duração, mas com reflexos na sua performance final. Devido a isso, o carro com o número #36 chegou a estar em sexto, mas efetuou uma boa recuperação que culminou na ultrapassagem a dos Glickenhaus para o terceiro lugar que não mais lhe fugiu.
A equipa Glickenhaus fez a sua estreia em Le Mans com os quarto e quinto lugares, sendo o carro de Luis Felipe Derani, Olivier Pla e Franck Mailleux o melhor dos dois. Apesar de alguns problemas de juventude, o SCG 007 LMH conseguiu batalhar por largas horas com o Alpine pela terceira posição, atrasando-se depois de forma decisiva por causa de um período de safety car que custou tempo nas boxes. O carro partilhado por Ryan Briscoe, Richard Westbrook e Romain Dumas ficou com o quinto lugar, recuperando posições depois de ter chegado a rodar na orla do top 10.
A sexta posição foi ocupada pelo melhor dos LMP2, com o carro #31 da Team WRT, tripulado por Robin Frijns, Ferdinand Habsburg e Charles Milesi a levar a melhor, mas apenas após o abandono do outro carro da formação, o #41, partilhado entre Robert Kubica, Louis Deletraz e Ye Yifei, precisamente na última volta, entregando o triunfo ao outro carro da equipa. Dessa forma, a WRT perdeu uma ‘dobradinha’ na categoria, com o carro #28 da JOTA Sport a chegar ao segundo lugar, partilhado entre Sean Gelael, Stoffel Vandoorne e Tom Blonqvist. Na terceira posição ficou o carro #65 da Panis Racing, partilhado entre Julien Canal, Will Stevens e James Allen.Tendo sofrido um despiste muito cedo na prova, o carro favorito da JOTA Sport, o #38, que tinha António Félix da Costa, Anthony Davidson e Roberto Gonzalez na equipa, viu as suas esperanças de triunfar caírem por terra bastante cedo, ainda recuperando até ao 13o lugar final, oitavo da classe LMP2. O mesmo sucedeu a Filipe Albuquerque e à sua equipa (partilhado com Phil Hanson e Fabio Scherer), no carro #22 da United Autosport, que chegou a disputar o comando da categoria LMP2 na noite. Porém, um problema com o alternador do carro durante uma paragem nas boxes, levou ao atraso do carro que finalizou a corrida em 18o na categoria.
Nos GTE Pro, a Ferrari venceu com o carro #51 da AF Corse, pilotado por James Calado, Alessandro Pier Guidi e Côme Ledogar, tendo levado a melhor após uma longa batalha que durou praticamente toda a prova com o Chevrolet Corvette de Antonio Garcia, Jordan Taylor e Nicky Catsburg, que ficou em segundo lugar. O Porsche oficial dividido entre Kevin Estre, Neel Jani e Michael Christensen ficou no lugar mais baixo do pódio. O Porsche da Hub Racing que partiu na pole position da equipa de Álvaro Parente abandonou durante a noite.
A marca italiana venceu também na categoria GTE Am com a equipa AF Corse #83, partilhado por François Perrodo, Nicklas Nielsen e Alessio Rovera, a chegar ao mais alto do pódio.