Palco de tantas corridas emocionantes (algumas delas decisivas para o título de campeão do mundo), o circuito José Carlos Pace, comummente denominado Interlagos, em São Paulo, irá deixar de receber o GP do Brasil, transferindo-se para a cidade do Rio de Janeiro.
O acordo entre o Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e o Presidente da Câmara local, Marcelo Crivella, já foi assinado, esperando-se agora pelo início das obras para a construção de um novo circuito para receber o plantel de Fórmula 1 já a partir de 2020. Desta forma, o circuito de Interlagos irá receber a Fórmula 1 pela última vez este ano.
A nova pista será construída no distrito de Deodoro com desenho do alemão Hermann Tilke, tirando partido de um modelo de financiamento privado, medida que se terá revelado decisiva, de acordo com Bolsonaro, que elogiou a manutenção do grande prémio no Brasil, mas que destaca a necessidade de encontrar um novo modo de financiamento para a corrida.
Em conferência de imprensa, Bolsonaro indicou que “São Paulo tornou-se impraticável por causa do apoio em termos de financiamento público e da dívida que ali se gerou”.
Com a construção do recinto desportivo finalizada em “seis ou sete meses”, Bolsonaro destaca ainda o emprego criado, na ordem dos seis ou sete mil novos postos de trabalho no Rio de Janeiro.
A cidade já recebeu corridas de Fórmula 1, entre 1978 e 1989, então no circuito de Jacarepaguá. O último grande prémio ali disputado foi ganho por Nigel Mansell, num Ferrari, acabando por ser recordado pelo facto de ter sido ali que se registou o primeiro triunfo de um F1 com caixa semiautomática. Entretanto, o circuito foi demolido em 2012, dando lugar ao Parque Olímpico para os Jogos Olímpicos de 2016.
O Autódromo de Interlagos “José Carlos Pace” possui atualmente 4309 metros de extensão. Originalmente, a pista contava com 7823 metros, mas foi completamente redesenhada em 1990, quando o autódromo completou 50 anos em preparação para a corrida de Fórmula 1.