Após a vitória, algo surpreendente, de Nuno Matos (Fiat Fullback Proto) na Baja do Pinhal, a prova algarvia, a 2.ª da temporada, reveste-se de particular interesse quanto à permanência do piloto de Portalegre no topo do campeonato face aos previsíveis ataques de uma concorrência ainda mais forte com o regresso – para já esporádico – do tricampeão Ricardo Porém (Mini Paceman).
Com um início de temporada muito prometedor, Alexandre Ré colocou a VW Amarok na 2.ª posição) e Tiago Reis (Mitsubishi Racing Lancer) ocupou o 3.º degrau do pódio, tudo aponta para que ambos voltem a discutir os lugares cimeiros, dos quais cedo ficou arredado o atual campeão nacional. Face à desistência na baja da Escuderia Castelo Branco, João Ramos (Toyota Hilux) tem pela frente uma prova de crucial importância na corrida à revalidação do título.
Na prova algarvia, marcam de novo presença André Amaral (Ford Ranger), 5.º classificado na Baja do Pinhal, Césra Sequeira (Mini Cooper D proto), Miguel Casaca (Mitsubishi Racing Lancer CCX Proto), Alexandre Franco (BMW Evo X1), Edgar Condenso (Opel Mokka Proto), Lino Carapeta (Range Rover Évoque).
Manuel Correia, com Miguel Ramalho ao lalo, faz a estreia cao volante de um Mitsubishi Racing Lancer.
Na liderança do campeonato, Nuno Matos tem missão difícil pela frente e mostra-se realista:«Apesar da vitória, a nossa postura não mudou. O campeonato está com um plantel muito forte e há vários pilotos a poderem vencer. No nosso caso, vamos querer ser rápidos e lutar pelas primeiras posições, como fazemos sempre».
Nuno Matos relembra que «é apenas a segunda prova com o carro, que ainda é novo para nós e precisamos de o continuar a conhecer», mas o desconhecimento da baja pode trazer dificuldades acrescidas:
«É uma prova que acaba por ser nova para nós, pois desde 2016, o ano em que fui campeão, que não corro em Loulé. Por isso o desafio será maior», adianta.
Para tentar sair do Algarve ainda na liderança do campeonato, o piloto alentejano revela:
Moralizado pelo 3.º lugar, conquistado após significativa recuperação, Tiago Reis recorda que «conseguimos ser rápidos durante grande parte dos quilómetros que disputamos sem qualquer condicionamento. O ritmo que demonstrámos permite-nos pensar em lutar pelas primeiras posições», confessa o opiloto do Mitsubishi Racing Lancer.
Candidato assumido à conquista do título, Pedro Dias da Silva (Ford Ranger EXR05 Proto) iniciou a época com um 4.º lugar, mas pretende fazer melhor:
«Todo o trabalho que temos vindo a desenvolver tem como objetivo a vitória e nada nos demove. Já somámos os primeiros pontos no campeonato, mas em Loulé queremos fazer ainda melhor. Procedemos a algumas modificações no carro que, espero, tenham reflexo na nossa performance já nesta prova», adiantou o piloto de Tomar.
João Ramos sob pressão
«Chegamos a esta prova com a pressão de pontuar; contudo é algo que eu e o Vítor Jesus já estamos habituados e faz parte da nossa forma de encarar cada desafio».
Para o piloto-arquiteto, «será inevitável o máximo ataque e a margem para erros é escassa. O objetivo é, claramente, a vitória e para tal contamos com a nossa Toyota Hilux, este ano ainda mais rápida graças ao trabalho realizado na pré-época. Por isso, estamos muito confiantes que podemos vencer e acreditamos que nesta prova vamos ter aquela componente de sorte que acabou por nos faltar na primeira etapa», acrescentou João Ramos.
De igual modo, Nuno Madeira quer esquecer as agruras da Baja do Pinhal. O piloto do Kia Sportage fará dupla com Filipe Serra. «Demonstrámos que conseguimos imprimir um ritmo forte e que é possível rodar nas primeiras posições. Agora, há que tentar fazer mais e melhor», sublinhou o piloto da SGS Car.
Programa
No domingo, realizam-se mais dois setores seletivos, com 125,60 e 82,90 km de extensão, respetivamente.
O final está previsto para as 14.50 horas em Almancil.
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